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Destaques
iServices celebra o Dia dos Namorados com os seus clientesDestaquesNa iServices haverá uma promoção especial de Dia dos Namorados para todos os clientes com Cartão Cliente.
O amor já está no ar e a iServices não escapou aos efeitos do cupido. Para tornar esta data ainda mais especial a marca, líder no mercado em reparações multimarca e dispositivos recondicionados, lança a campanha “Amor é… pontos a dobrar em Cartão Cliente”, que irá decorrer de 7 a 14 de fevereiro.
Durante esta semana especial, os clientes da iServices receberão o dobro dos pontos no seu Cartão Cliente em qualquer serviço ou produto, adquiridos nas lojas físicas ou online. Habitualmente, 1€ equivale a 1 ponto, mas durante esta campanha, 1€ valerá 2 pontos. Estes pontos acumulados podem ser utilizados para obter descontos diretos em compras futuras, tornando esta uma oportunidade perfeita para surpreender a cara-metade com um presente tecnológico ou renovar os próprios dispositivos.
Sugestões para um presente especial
Se procura um presente funcional e sustentável, um telemóvel recondicionado ou um tablet recondicionado da iServices são uma excelente escolha. Com garantia e total fiabilidade, estes dispositivos são a alternativa perfeita para quem quer tecnologia de qualidade a um preço mais acessível e com a vantagem de serem mais amigos do ambiente.
Além disso, a iServices disponibiliza uma vasta seleção de acessórios inovadores, ideais para qualquer perfil de utilizador. Desde smartwatches, que ajudam a monitorizar a saúde e o bem-estar, a auscultadores sem fios, perfeitos para quem adora música, ou até um selfie stick ou ring light magnética, para registar todos os momentos a dois com a melhor iluminação.
“Queremos tornar esta data ainda mais especial para os nossos clientes, e por isso oferecemos vantagens exclusivas aos utilizadores do Cartão Cliente. Assim, com esta campanha, celebramos o amor e, ao mesmo tempo, permitimos que os nossos clientes acumulem pontos extra para futuras compras”, comenta Vânia Guerreiro, Diretora de Comunicação da iServices.
Se ainda não aderiu ao Cartão Cliente iServices, esta é a altura perfeita para o fazer e começar já a acumular pontos que se transformam em descontos. E fica a sugestão para visitar uma loja iServices ou a loja online em iservices.pt para encontrar algo perfeito para a sua cara metade. [...]
LIDERANÇA E EXCELÊNCIA NA INOVAÇÃO EM SAÚDEAtualidade / Carreira / Destaques“O prémio recebido reflete não apenas o meu esforço pessoal, mas também o de muitas mulheres que diariamente contribuem para a excelência no setor da saúde em Portugal”
Rita Veloso recebeu o “Gold Award” no International Hospital Federation Congress, no Brasil. Este reconhecimento global validou o compromisso contínuo da sua equipa com a inovação, a excelência e, acima de tudo, com as pessoas. O prémio foi atribuído ao projeto iBird – Bloco Operatório de Inovação, Robótica e Digital, uma iniciativa que revolucionou os cuidados cirúrgicos ao integrar tecnologias de ponta como inteligência artificial, robótica e realidade aumentada. Rita destaca a transformação na relação com os utentes nos últimos anos, utilizando a tecnologia para criar ligações mais fortes e personalizar cuidados.
Foi uma honra imensa e uma grande alegria para Rita Veloso e toda a equipa da Unidade Local de Saúde Santo António receber o “Gold Award” no International Hospital Federation Congress. Este reconhecimento global validou o compromisso contínuo da equipa com a inovação, a excelência e, acima de tudo, com as pessoas. O prémio foi atribuído ao projeto iBird – Bloco Operatório de Inovação, Robótica e Digital, um iniciativa que revolucionou os cuidados cirúrgicos ao integrar tecnologias de ponta como inteligência artificial, robótica e realidade aumentada.
O iBird, composto por seis módulos tecnológicos, estabeleceu um ambiente colaborativo que conecta doentes, profissionais de saúde, procedimentos médicos e o meio académico.
Esta integração melhorou significativamente a precisão cirúrgica, reduziu tempos
de recuperação e otimizou processos operacionais, elevando o padrão dos cuidados prestados e humanizando a relação com os doentes.
“Queremos construir um futuro onde a saúde seja mais do que tratamentos e diagnósticos – seja sobre o cuidar, acolher e caminhar lado a lado com cada pessoa na sua jornada”
A implementação do projeto resultou numa redução de 50% nas visitas desnecessárias ao hospital e diminuiu o tempo médio de internamento, permitindo aos doentes retomar as suas vidas mais rapidamente. A tecnologia tornou-se uma ponte, aproximando os doentes dos profissionais de saúde e reduzindo a ansiedade dos utentes. As cirurgias menos invasivas e a recuperação mais rápida, aliadas à formação contínua dos profissionais com realidade virtual e aumentada, fazem a diferença no cuidado ao paciente.
Rita Veloso destaca a transformação na relação com os utentes nos últimos anos, utilizando a tecnologia para criar ligações mais fortes e personalizar cuidados. A experiência no Brasil foi enriquecedora, permitindo a troca de conhecimentos e estratégias com profissionais de todo o mundo. Esta troca internacional fortalece a capacidade de inovar e traz benefícios diretos para a saúde em Portugal.
Apesar dos desafios como a resistência à mudança e limitações financeiras, Rita Veloso acredita na importância de uma cultura organizacional aberta à inovação. Como mulher em posição de liderança, ela destaca a importância da diversidade e da empatia na tomada de decisões, inspirando mais mulheres a assumir posições de liderança e promover a diversidade nos ambientes organizacionais.
Rita Veloso vê a tecnologia como um meio para humanizar os serviços e está determinada a continuar a tocar e melhorar vidas todos os dias, sempre com empatia, dedicação e a convicção de que a tecnologia deve unir, nunca separar.
“Deixamos de ver a tecnologia apenas como ferramentas e passámos a utilizá-la para criar ligações mais fortes, para personalizar cuidados e para estar presentes em momentos em que mais precisam de nós”
Rita Veloso sempre soube que seguir uma carreira de liderança na área da saúde exigiria competências essenciais como empatia, resiliência, visão estratégica e capacidade de comunicação. A empatia é fundamental para compreender as necessidades tanto dos doentes como das equipas, permitindo criar um ambiente de trabalho colaborativo e centrado nas pessoas. A resiliência ajuda a enfrentar os desafios e as mudanças constantes que caracterizam o setor da saúde, mantendo a capacidade de tomar decisões equilibradas em momentos de pressão. Flexível e aberta à aprendizagem contínua, Rita destaca a importância de se adaptar ao caráter dinâmico do setor da saúde.
Ao longo do seu extenso percurso, Rita enfrentou diversos momentos desafiadores, como a gestão de crises e a implementação de grandes projetos de mudança. Foi na diversidade desses momentos que ela encontrou a experiência e as competências certas para enfrentar os múltiplos desafios de liderança que surgiram no seu caminho.
No contexto da transformação digital da saúde, Rita sublinha a importância de tecnologias como a inteligência artificial, a telemedicina e a robótica. A inteligência artificial permite diagnósticos mais precisos e decisões clínicas informadas. A telemedicina amplia o acesso aos cuidados de saúde, permitindo que os doentes sejam acompanhados remotamente, melhorando a conveniência e a eficiência. A robótica aumenta a precisão em procedimentos cirúrgicos, reduz o tempo de recuperação e contribui para melhores resultados clínicos. Estas inovações não só melhoram a experiência dos doentes ao tornar os cuidados mais acessíveis, eficazes e personalizados, como também aumentam a eficácia e satisfação dos profissionais de saúde.
Recentemente, a Unidade Local de Saúde de Santo António, sob a liderança de Rita, estabeleceu várias parcerias com universidades, centros de investigação e parceiros tecnológicos. Estas parcerias, estabelecidas de forma holística e colaborativa, são cruciais para promover a inovação e garantir que a instituição está na vanguarda das melhores práticas clínicas.
Ser destacada na edição especial “The Best Of 2024” da revista Liderança no Feminino é uma honra imensa para Rita. Este reconhecimento simboliza não apenas o sucesso dos projetos que lidera, mas também a importância da representatividade feminina em posições de destaque. Rita sente uma responsabilidade reforçada em continuar a promover a inclusão e a diversidade no local de trabalho. Acredita firmemente que a presença feminina em posições de decisão enriquece as organizações, traz perspetivas diversas e fomenta uma cultura mais empática e colaborativa.
Este reconhecimento motiva Rita a continuar a trabalhar pela excelência na saúde e pela capacitação de outras mulheres. Juntas, acredita que podem abrir caminhos, desafiar estereótipos e construir um futuro onde o género não seja uma barreira, mas sim uma força que impulsiona a liderança e a inovação.
“O prémio recebido reflete não apenas o meu esforço pessoal, mas também o de muitas mulheres que diariamente contribuem para a excelência no setor da saúde em Portugal”
A todas as mulheres que estão a iniciar a sua jornada no setor da saúde, especialmente na gestão hospitalar, Rita aconselha: “acreditem em vocês mesmas e no poder que têm para fazer a diferença.
O caminho da liderança e da inovação é desafiante, mas repleto de oportunidades para crescer e impactar positivamente a vida das pessoas. Não hesitem em investir na vossa formação, em assumir desafios e em trazer novas ideias para o setor. Cultivem a resiliência e a empatia, e valorizem o trabalho em equipa. Cada passo dado é uma contribuição valiosa para a construção de um sistema de saúde mais eficaz e humano. O caminho pode ser exigente, mas é profundamente gratificante.” [...]
“PERCEBI A IMPORTÂNCIA DA LIDERANÇA ALÉM DOS TÍTULOS”Atualidade / DestaquesPor muito bem rodeados que estejamos, acho que é importante termos o nosso referencial interno. O que me motiva é ser fiel aos meus valores, superar medos, criar impacto positivo por onde me movo.”
Com mais de 15 anos de experiência nos sectores da Água e Energia, políticas climáticas e ecossistema internacional, Adriana Reais Pinto trabalha na Empresa Pública Águas de Portugal e é administradora não executiva da Águas do Tejo Atlântico. Possui mestrado em engenharia do ambiente, perfil Sanitária pela FCT NOVA e uma pós-graduação em gestão pela NOVA School of Business & Economics.
Foi adjunta no Ministério do Ambiente e Ação Climática e representante nacional no Diálogo de Alto Nível Energia das Nações Unidas, para o grupo de trabalho “Finanças e Investimento” (2021). Oradora em diversos eventos além fronteiras, como especialista em políticas internacionais para transição energética, foi recentemente homenageada na COP28 – Women in Renewables Dubai Dialogue e designada como Conselheira e representante Europeia da Women in Renewables Alliance.
A iniciativa “COP28 – Women in Renewables Dubai Dialogue 2023”, evento bilateral formal da COP28, trata-se de um importante encontro que reúne mulheres provenientes de diversas áreas das energias renováveis, promovendo sinergias, cultivando a comunidade, promovendo a educação e potenciando a liderança ao serviço de uma transição energética mais equitativa e sustentável. Este convite por parte da organização do “COP28 – Women in Renewables Dubai Dialogue 2023” surge pela colaboração de Adriana Reais Pinto como “Impact Campaigner” e a sua respetiva distinção da “Women in Renewables Alliance”: um prémio reservado a líderes notáveis da indústria que demonstraram uma dedicação inabalável à promoção de uma transição energética mais equitativa.
Devemos falar de “liderança feminina” ou só “liderança”?
Explorar o tema da liderança no feminino foi algo que surgiu no meu percurso de forma orgânica, em parte pelo que fui observando e impacto ao participar a nível de trabalho em ambientes multiculturais ou onde o papel das mulheres na sociedade é diferente do que estamos habituados. Percebi a importância da liderança além dos títulos, cargos ou hierarquias – trata-se de uma vida que influencia outra. Neste particular, importa recuperar o conceito em termos de gestão de “Transcendent Followership” (2010), na qual se considera a liderança como um processo em que pessoas diferentes, com distintos níveis de autoridade, participam na organização. Concordo com esta abordagem e tenho muita dificuldade em acreditar numa liderança eficaz sem colaboradores exemplares e envolvidos. Podemos relacionar três tópicos fundamentais: tipos de organizações, tipos de colaboradores e capital psicológico. Este último desenvolvido por uma comunidade de estudiosos que relaciona bons resultados e características como a gratidão, resiliência, relações positivas e outros atributos, permitindo explicar e criar um alto desempenho na organização (Positive Organizational Scholarship). A perspetiva mais humanista da gestão é mais comummente associada à liderança feminina e esta abordagem interdisciplinar promove uma compreensão mais completa e equilibrada do funcionamento das organizações, reconhecendo e promovendo o potencial humano e organizacional para o florescimento e o sucesso sustentável.
Qual a sua visão sobre as tendências na liderança feminina?
A gestão e liderança são temas que me apaixonam há muito e considero estarem intrinsecamente ligados com as tendências na liderança feminina que se refletem hoje. Essas tendências indicam um movimento contínuo em direção a uma maior representação e influência das mulheres na liderança em todo o mundo. No entanto, ainda há trabalho a ser feito para garantir que todas tenham oportunidades iguais de alcançar o seu pleno potencial. Esse trabalho requer esforços intencionais para enfrentar potenciais desigualdades e promover a participação ativa das mulheres, garantir que os processos de recrutamento sejam imparciais, que os salários sejam justos e que existam caminhos para a progressão na carreira das mulheres em setores em transição. A título de exemplo, de acordo com a análise do relatório “PwC’s Women in Work 2022 Index”, os homens estão atualmente significativamente melhor colocados do que as mulheres para tirar partido das novas oportunidades de emprego decorrentes da transição energética. Por outro lado, também considero que deve haver um especial cuidado na narrativa adotada nesta questão de igualdade de género e na concretização das quotas. Ao longo dos anos, as mulheres têm desafiado paradigmas e ultrapassados barreiras. E o que possa ter começado sob o pretexto do empoderamento, deve ser colocado em prática nos nossos dias com ainda mais seriedade. O alerta é para evitar o risco de se assumir como um fator condescendente, que diminui as mulheres e as julgam não pelas capacidades e meritocracia, mas pelo seu género como justificação para alcançar determinada posição. Ouso fazer uma analogia com a preocupação que os setores do ambiente e energia têm com o Greenwashing, o qual consiste em promover uma imagem de sustentabilidade de uma empresa ou produto sem que haja um compromisso real. Temos de ter cuidado com a narrativa associada à causa das Mulheres nas empresas ou corre-se o risco de ter uma espécie de Greenwashing versão 2.0.
Já teve a oportunidade de colaborar ou negociar em países onde o papel social das mulheres é bastante diferente?
Nestes casos, optou por alguma estratégia própria? Uma das minhas principais funções nestes últimos anos foi identificar sinergias para a transição energética com vários países, organizações e potencial para cooperação internacional. Uma região que me fascina é a Ásia e o Médio Oriente. Quando tenho a oportunidade de interagir neste contexto, nomeadamente onde o papel social das mulheres seja bastante diferente do meu, tento adotar uma estratégia própria, naturalmente. Primeiro, pesquiso sobre a linguagem corporal e a cultura no ambiente de reuniões desse país, observo e adapto-me – entendo essa postura como sendo algo respeitoso para com o país que me está a acolher. Também me preparo tecnicamente da melhor forma possível e foco nos pontos de interesse comuns. Reunindo a vontade de partilhar e predisposição para aprender, estabelecer uma relação de confiança. E é muitas vezes, felizmente, duradoura. Quando tal acontece em contextos onde as mulheres estão frequentemente sub-representadas em posições de liderança no mundo empresarial, é algo que me orgulha bastante.
Foi a partir dessas experiências internacionais que surgiu a colaboração na “Women in Renewables Alliance”?
Sim, a “Women in Renewables Alliance” foi fundada em 2018, como a primeira ONG de mulheres na indústria de energia limpa da Ásia e hoje a sua ação estende-se por todo o mundo. A colaboração começou como “Impact Campaigner” desta plataforma internacional e desenvolveu-se na participação da iniciativa “COP28 – Women in Renewables Dubai Dialogue 2023”. Neste evento bilateral formal da Conferência da ONU sobre Alterações Climáticas (designada por COP28), onde participei em dezembro de 2023, tive oportunidade de ser oradora num painel dedicado às práticas globais na transição energética e igualdade de género, abordando as tendências na política climática, no desenvolvimento sustentável e experiência na cooperação internacional. Identifico-me com esta abordagem integradora e realista na forma de estimular a liderança feminina e incentivar o ecossistema empresarial. O facto de neste evento terem sido prestigiadas várias mulheres notáveis da indústria, mas também os designados “campeões masculinos” (male champions, no original), que partilharam ideias sobre a criação de um ambiente justo de desenvolvimento de carreira a partir de uma perspetiva executiva masculina, enfatizando a importância da humildade e da autoconsciência para ambos os sexos, é algo que considero muito relevante. Esta diversidade enriquece a visão do tema e acredito que Mulheres e Homens têm características complementares importantes no mundo dos negócios.
Nas várias sessões foram destacadas evidências muito interessantes, nomeadamente:
– As capacidades de liderança e empenho das mulheres são reconhecidas mas é necessário que tenham também a posição formal e serem envolvidas nos processos de decisão;
– As mulheres não arriscam tanto como os homens, e este é um dos aspetos no qual a organização onde se inserem pode ter um papel mais mobilizador e motivador.
– De acordo com o recente inquérito da IRENA (Associação Internacional de Energias Renováveis) realizado em 144 países, a taxa de emprego feminino na indústria global das energias renováveis é de 32%, mostrando progresso em comparação com os 22% no sector do petróleo e do gás.
Atualmente fui designada conselheira e representante Europa da “Women in Renewables Alliance” e tem sido uma colaboração muito gratificante.
Dadas as tendências da política climática, do desenvolvimento sustentável e da igualdade de género, qual é a área que escolhe destacar e desenvolver?
Cooperação global. É interessante que é um dos traços frequentemente associados ao estilo de liderança feminina! É frequente mencionar que a implementação eficaz das políticas é fundamental para avançar na transição energética. Os países acumularam experiências diversas e o que já é reconhecido a nível global sobre a criação de mercados para cadeias de valor estratégicas é que a cooperação internacional é fundamental. Os outros pilares são Estratégia, Implementação, Financiamento, bem como investimentos sustentados em Inovação. Assim, quando consideramos as tendências emergentes em matéria de política climática, desenvolvimento sustentável e igualdade de género, penso que a colaboração global é a área crucial a focar:
– A colaboração internacional garante que as políticas sejam coordenadas e alinhadas para alcançar resultados positivos à escala global;
– Aumento da colaboração entre países, organizações e partes interessadas para partilhar as melhores práticas e lições aprendidas na integração das perspetivas de género na ação climática;
– A cooperação internacional pode facilitar o desenvolvimento de estratégias abrangentes que atendam às diversas necessidades de diferentes comunidades. Esta partilha de conhecimentos, de forma estratégica e estruturada, contribui para soluções mais inclusivas e eficazes. Acresce que as líderes femininas muitas vezes são capazes de se adaptar rapidamente a novas situações e mudanças, sendo que esta flexibilidade lhes permite liderar de forma eficaz em ambientes dinâmicos. E se há setor dinâmico é o da energia!
E o setor da Água?
O setor da águaé mais maduro, consolidado em Portugal, apresentando níveis de desenvolvimento do setor reconhecidos internacionalmente como de excelência. Mas é também onde encontramos características de cariz mais conservador nas empresas a nível nacional. Um dos desafios, que também constitui uma oportunidade, é aliar a eficiência energética e descarbonização para a sustentabilidade ambiental e económica do setor da água, contribuindo para os esforços globais de mitigação das alterações climáticas.
Estas opções no ciclo urbano da água podem abranger operações que permitam reduzir significativamente as emissões de carbono associadas à produção de energia, através da utilização de energias renováveis; diminuir o consumo de energia e as emissões de carbono com tecnologias mais eficientes e sistemas de gestão de energia; melhoria de infraestruturas, reutilização de água e programas de monitorização ao consumo de energia e emissões de carbono associadas às operações. Divulgar a importância da eficiência energética e descarbonização neste setor, aliado a parcerias e colaboração com outras entidades, pode facilitar a implementação de soluções inovadoras e compartilhar recursos para alcançar objetivos comuns de eficiência energética e descarbonização.
A Águas do Tejo Atlântico reúne enorme potencial de contributo nestas matérias e pretende ser a empresa de saneamento em Portugal com a menor pegada de carbono no exercício da sua atividade. Enquanto administradora não executiva da Águas do Tejo Atlântico, tenho bem presente estes objetivos de implementação de uma forma integrada e ofereço o meu conhecimento sobre questões estratégicas e governança que possam ser adotadas, com base numa maior diversidade de experiências para o Conselho de Administração. Acredito que a independência e perspetiva de quem não está envolvida nas operações diárias da empresa, mas está igualmente comprometida com o seu sucesso, promove a diversidade e a inclusão na tomada de decisões corporativas, levando a uma tomada de decisão mais abrangente e eficaz. Um dos objetivos também deve ser contribuir para uma melhor governança corporativa, bem como ajudar a reduzir conflitos e promover uma cultura de transparência e responsabilidade.
Qual o seu lema?
Liderar pelo exemplo.
Possui boas referências femininas? Quem a inspirou/inspira?
Por muito bem rodeados que estejamos, acho que é importante termos o nosso referencial interno. O que me motiva é ser fiel aos meus valores, superar medos, criar impacto positivo por onde me movo. Em termos de inspiração extra, sou fã da Coco Chanel! Uma mulher de negócios, cheia de personalidade. Inovou com o conceito de roupa adequada às necessidades da mulher do século XX, libertando-a de trajes rígidos e criando um estilo mais confortável e prático. Roubou peças ao vestuário masculino, tal como as calças, mantendo a classe e elegância feminina. Uma mulher à frente no seu tempo! [...]
Edição Especial de AniversárioAtualidade / Destaques / Mais lidosJá assinou a nossa revista?
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https://liderancanofeminino.org/assinaturas/
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A ESCOLHA DELASAtualidade / Carreira / DestaquesNo Dia Internacional da Mulher é lançada a segunda edição «Mudança com M de Mulher» da Liderança no Feminino, dedicada ao tema “Por um mundo digital inclusivo: inovação e tecnologia para a igualdade de género”, tal como estipulado pelo Conselho de Segurança e Secretaria-Geral da Organização das Nações Unidas – Secretário-Geral da ONU (ONU).
Dá-se voz a mulheres que ocupam cargos de liderança e de chefia, tanto em Portugal como em Espanha. Tenta-se entender, com as mesmas, se já algo mudou e o que ainda falta mudar. Ao celebrar este dia, é essencial também ressaltar a sua importância, perceber o porquê de uma mulher, numa posição de destaque, ainda ser considera notícia – Será possível, um dia, alcançar a plena igualdade de género?
A Consumer Choice é uma das empresas que apoia e adota um sistema meritocrático. A mesma é dedicada a criar e aplicar sistemas de avaliação e classificação de marcas, tendo por base a satisfação do cliente. O sistema mais conhecido designa-se por “Escolha do Consumidor”, mas também já existe o “Boa Escolha”, a “Loja Online Recomendada”, a “Escolha Ética” e os “Happy Awards”.
A Liderança no Feminino traz à sua revista quatro mulheres que ocupam um cargo de liderança na Consumer Choice: Teresa Preta é a Iberia Managing Director, Nassrin Majid é a Iberian Chief Commercial Officer, Cátia Pitrez é a Chief Marketing Officer de Portugal e Espanha e Beatriz Correia é Sales Country Manager de Espanha. As quatro falam de todo o seu percurso e do seu atual papel na empresa, destacando as vantagens de ali trabalhar – A escolha sempre foi delas e continua a ser, uma vez que nunca lhes foi imposta nenhuma restrição e todas podem conciliar a sua vida profissional com a pessoal e principalmente com a familiar. Teresa Preta até pôde manter e gerir, ao mesmo tempo, o seu negócio e trazer as ideias do mesmo para a empresa, implementando os “Happy Awards”.
É perante a autenticidade e a inclusão que a Consumer Choice atua, rodeando-se de mulheres com um percurso profissional exímio, tendo como exemplo, José Borralho um “empresário inspirador”, ceo da Consumer Choice.” [...]
O ano de todos os desafios das Lideranças SaudáveisAtualidade / Carreira / Destaques2022 foi em particular, o ano de todos os desafios das nossas lideranças nas mais diversas áreas, como chefia ou como colaboradora, como colega, como mãe, como filha, como esposa, como cidadã, como Pessoa.
Todos estes nossos papéis requerem lideranças saudáveis, equilíbrio, bom senso. Vivemos dois anos que, esperamos, sejam irrepetíveis com a chegada da Pandemia, e que não nos deixarão indiferentes. Efetivamente nenhum líder estava preparado para o que viria depois. Quando a pandemia parecia adormecia, acorda a guerra na Ucrânia e que não nos deixou levantar, deixando marcas até hoje profundas. Na economia, na responsabilidade social, na nossa segurança.
Conhecemos hoje um mundo muito mais exigente, no qual apesar de todo o impulso tecnológico, a importância da individualidade de cada Pessoa em todo o ecossistema atingiu o seu limite máximo.
Todos sabemos o que sentimos durante todo este tempo e muitas vezes não conseguimos simplesmente explicar.
Para as instituições e empresas tem sido um desafio enorme “competir” com o sofá de casa das suas Pessoas, tendo que ser criativas em espaços, momentos para que a vontade de regressar, ainda que em parte, ao trabalho físico, ainda exista – caso contrário, onde ficará a cultura tão própria e carismática de cada instituição?
Para os adolescentes, o atraso provocado pelo isolamento em casa, pôs a nu o tema da saúde mental nos jovens e jovens adultos. E nos bebés geração “máscara”, não saberemos em concreto o impacto no desenvolvimento de algumas competências sociais que começam no dia do seu nascimento e que farão deles próprias Pessoas com necessidades, propósitos e formas de liderar um dia, diferentes.
Para os que trabalham em instituições de saúde, este impacto, não pretendendo dizer ter sido maior, foi de certo diferente. Concretizando, para mim em particular, como para muitos outros colegas, não soubemos o que foi ficar um único dia em casa em teletrabalho. A rotina casa-hospital parece ter contribuído para um certo equilíbrio, mas que trouxe a seu tempo as suas consequências. Em 2021, em pleno pico pandémico, exatamente no local onde todos os dias pelas 08:00 estaciono o meu carro, enfrentava a fila dos “sacos pretos” transportados em maca e que todos sabíamos o que representava. Diariamente tentamos motivar e inspirar as nossas Pessoas, quando nós próprios precisamos de ajuda.
Nos hospitais estamos sempre focados nos doentes que nos chegam de fora e por vezes ignoramos as nossas Pessoas que também possam estar doentes, mentalmente doentes e a sofrer em silêncio. Lidamos com temas sensíveis como o suicídio (e tentativas de), assistimos a atos de quase desespero provocados pelo burnout e tentamos seguir em frente acreditando que é nosso dever gerir a crise, mas preparar o futuro pelas nossas Pessoas, com as nossas Pessoas para as nossas Pessoas.
Por isso o meu 2022 começou com a procura de um equilíbrio interior e conciliação da vida profissional e familiar, tão essencial ao nosso bem-estar. Esta procura passou por encontrar na psicoterapia as ferramentas necessárias para os desafios que aí vinham. E eram, e são, tantos!
Este tema da saúde mental não pode nem deve continuar a ser um estigma ou assunto não falado dentro das nossas Organizações. A minha motivação clara nesta procura de ajuda foi:
Quando tudo na vida das nossas Pessoas falha, a nossa liderança saudável não pode falhar.
Cedo tomei consciência de que não se é líder por decreto ou mera nomeação. Para os cargos designados formalmente atribuem-se outras designações que todos conhecemos (umas mais modernas do que outras): chefe, diretor, responsável e respetivos estrangeirismos: chief, director, head.
Todos estes cargos topo requerem skills que vão muito além da formação base, formação contínua, mba´s, congressos, livros, artigos. E que não se ensinam, sem ser na verdade sentidas e experienciadas. Aliás, atrevo-me a dizer que todos, enquanto gestores, seremos bastante conhecedores dos conceitos e boas práticas de uma boa liderança. Os nossos extensos currículos demonstram isso mesmo.
Várias vezes me questionam qual o melhor curso para investir se quisermos aprender mais sobre como gerir bem as nossas Pessoas. Ironicamente por vezes tenho a tentação em responder “quase todas as Pessoas em lugares como o meu fizeram a mais variadíssima formação executiva nestas áreas e parece que na hora de agir o vulgo “bom-senso” não aparece nas suas ações, fazendo perder na prática as longas horas (e euros) de investimento em formação.”
Estaremos todos no mesmo ponto de partida para liderar? E para nos auto-liderar? E para procurar ser um líder saudável?
No limite, a derradeira questão poderia ser, estarei eu disponível para seguir o líder que eu sou? Seria eu próprio influenciado por “ele”? Antes de mais, influenciar alguém é motivá-lo a fazer algo, por vezes, nunca feito. E motivar, por sua vez, é mais do que dar ânimo: é dar um propósito, propósito para trabalhar a favor de todos os níveis da organização, aprendendo com as pessoas, independente da hierarquia. Quem me conhece sabe, nos lugares por onde passo (e efetivamente já foram alguns), encontro-me sempre com Pessoas extraordinárias e que me fazem ganhar o dia com um simples café logo pela manhã, e as curtas, mas necessárias conversas de 5 minutos sobre a vida quotidiana, nossa e dos que nos rodeia, necessárias porque nos torna genuínos e nos mantêm saudáveis.
Há uns meses uma Pessoa, líder, que muito respeito, me dizia, na presença da minha Francisca, que escolher ser médica ou médico por profissão poderá conter em si um lado altruísta, mas também, e se calhar em maior parte, um lado egoísta. Assim também o será quando decidimos manter-nos em lideranças que nos sugam a energia, mas nos fazem incansavelmente felizes. Poder mudar a vida para melhor de uma qualquer outra Pessoa, próxima ou perfeita desconhecida, faz-nos inevitavelmente bem e fazemo-lo, estou certa, por esse mesmo motivo também: fazer bem às outras Pessoas, faz-nos bem a nós próprios. Chegar a casa no final de mais um dia e sentirmos no seu ímpeto a expressão “missão cumprida” é efetivamente um vício e que, assim queiramos, não terá fim.
Mas como encontrar equilíbrio quando algo falha na vida das nossas Pessoas e sentimos que a nossa liderança não lhes poderá falhar também?
Todos nós já tivemos nas nossas equipas Pessoas que desistiram ou encontraram uma alternativa melhor. Penso nisso de forma séria cada vez que sou surpreendida (às vezes nem assim tão surpreendida) por esses “abandonos”? E penso para mim, eu que já troquei várias vezes de projeto e de equipa, estes percursos nem sempre são da responsabilidade de quem lidera. Mas alguns serão. Não tenho qualquer dúvida. E teremos Pessoas que desistem (pelos mais variadíssimos motivos), mas que necessariamente não abandonam as nossas equipas, e é precisamente estas que devemos tentar recuperar.
Recordo o dia em que recebo uma chamada de um dos meus coordenadores, a A. tinha acabado de ingerir medicação em excesso durante a hora de serviço. Estava paralisada, sem qualquer reação, e irredutível em não contar o que havia tomado. Nesse momento voei a maior e mais rápida corrida dentro daquele meu hospital. Sabia, porque estava atenta e os colegas também, que a sua vida em casa estava numa fase mais que difícil para si e para os seus. Sabia porque sempre me preocupei bastante com a felicidade e o equilíbrio das minhas Pessoas. E porque sabia exatamente o que se estava a passar, estaria em melhores condições de ajudar. Era hora de agir e transportar a nossa função muito para além das portas da nossa Organização. A. recuperou, agiu com coragem e seguiu em frente. Sentiu necessidade de mudar de rotina, saiu da nossa equipa e uns anos mais tarde regressou. Recebia com a mesma energia e enorme felicidade. A sua vida tinha ganho novo sentido outra vez. Foram vários, muitos, os momentos em que fui “chamada” a agir – não só como líder, mas como comum Pessoa com especial sentido de responsabilidade sobre os que me rodeiam. E várias as vezes que os outros que me rodeiam no trabalho, tiveram também eles essa função em mim. É um círculo virtuoso, este dar e receber de equilíbrio e energia.
Efetivamente, o grande desafio nos dias de hoje é estar disponível para os outros, mas também para nós, procurando um equilíbrio entre o que nos preocupa, o que nos causa ansiedade, o que nos cansa e entre o que nos orgulha, nos motiva e nos enche o coração. O trabalho não pode ser uma exceção. E devemos estar atentos aos primeiros sinais de algum desequilíbrio e tentar compensar ou, se esta situação tender a piorar, no limite, procurar ajuda. Nos dias de hoje a saúde mental deve fazer parte da nossa agenda e as instituições devem pensar na sua estratégia em matéria de Pessoas incluindo a tão importante saúde mental.
A maioria de nós não dispõe de suporte ou ferramentas orientadas à saúde mental, o que influencia as Pessoas, causa o seu afastamento e pode levar à ausência de motivação trazendo uma sensação de inércia profissional sem esquecer que o clima organizacional ele próprio impacta na saúde mental das suas Pessoas. E algumas dessas Pessoas são, inevitavelmente, os líderes das nossas organizações. Daí a sua determinante importância em se manterem saudáveis.
Afinal de contas, quantos de nós contacta as suas Pessoas para saber simplesmente como estão quando se encontram em “casa”, por vezes, durante meses? Ou quantos de nós faz periodicamente reuniões, mais ou menos formais, para perceber apenas como podemos ajudar as nossas Pessoas a que se sintam melhor no seu local de trabalho?
Segundo Patrick Lencioni, no livro “The Five Disfunctions of a Team“, existem cinco aspetos (os quais denomina de “disfunções”) que levam uma equipa e, consequentemente, as lideranças, a enfrentar desafios: Falta de Confiança, Medo de Conflitos, Falta de Comprometimento, Evitar Responsabilizar e Falta de Atenção aos Resultados. Eu acrescento dois ingredientes essenciais: empatia e paixão.
Todos nós conheceremos Pessoas em lugares de liderança, com currículos repletos de formações reconhecidas e experiência profissional invejável, mas que não serão suficientes para fazer emergir uma liderança inspiradora. Na maioria dessas Pessoas eu tenho sentido falta precisamente de empatia e paixão. Pelos projetos, pelas outras Pessoas, pelo que fazem no dia-a-dia. E nunca é demais lembrar que, tal como numa relação entre um casal, a paixão é precisamente aquilo que nos mantém “lá” quando algo falha ou corre menos bem. E no trabalho é mais que certo, algo vai inevitavelmente falhar ou correr menos bem. Vezes e vezes repetidamente.
E teremos de ter uma grande coragem e segurança psicológica para aceitar e aprender a liderar com humildade pessoas que vão saber sempre muito mais do que nós próprios sobre muitíssimos temas, e que terão necessidades e pensamentos diferentes. Muitas vezes gestos tão simples como apenas perguntar “Em que posso ajudar?” fazem, estou certa, toda a diferença.
Obviamente que o nosso investimento pessoal no conhecimento do estado-de-arte da nossa área de negócio é fundamental para esta liderança. Mais uma vez, como poderemos inspirar toda uma organização se não conhecemos as tendências mais recentes, se não procuramos incansavelmente os melhores exemplos que os outros “de fora” nos terão para oferecer?
Quem me conhece sabe. Os afetos, os carinhos, os abraços, a partilha, contam e muito. O “em que posso ajudar?” em cada telefonema ou reunião em que somos à ação faz parte da minha rotina genuína.
Um líder deve ter a capacidade de motivar as suas pessoas de forma positiva e de conseguir apresentar o clima organizacional da sua instituição com objetivo de proporcionar experiências positivas com base em aspetos motivacionais, evitando assim o absenteísmo, incentivando o desenvolvimento pessoal para que com resiliência e motivação possa exercer a sua função sem que desenvolva síndromes e/ou traumas psicológicos. Estarão as nossas organizações a investir nestas áreas de suporte emocional e de saúde mental? Na promoção da qualidade de vida das suas Pessoas? A segurança psicológica vinda da parte das nossas lideranças é o ingrediente chave para a felicidade no trabalho. E essa segurança psicológica só se mantém no tempo se os líderes também eles procurarem manter-se saudáveis. Nem que para isso, precisem de recorrer esporadicamente, eles próprios a ajuda.
E 2022 colocou todos estes temas na ordem do dia. Apostamos na avaliação interna no âmbito de ambientes de trabalho saudáveis, apoiamos o desenvolvimento de skills de lideranças saudáveis e felizes às nossas chefias (sem estes líderes saudáveis e felizes esta mudança cultural dificilmente acontecerá dentro das nossas Organizações) , seja como ações de formação, coaching, ou apenas estratégias de role-modeling, e criamos condições que facilitem e libertem tempo dos nos colaboradores para essa conciliação trabalho-família-vida pessoal como a submissão de uma candidatura a um projeto piloto de trabalho híbrido ou o desenho na APP do nosso hospital da possibilidade de aquisição de refeições em regime takeaway. A disponibilização em breve da creche, acreditamos, também será uma grande mais-valia.
Neste seguimento, para este Natal pedi “apenas” dois desejos: a criação de um banco solidário digno e a disponibilização de consultas de psicologia para as nossas Pessoas. A inovação e a melhoria da experiência e dos cuidados prestados aos nossos doentes tem sido o meu enorme foco mas, de forma honesta, enquanto não conseguir encontrar soluções que satisfaçam as necessidades básicas das nossas Pessoas, não conseguirei descansar. Quem priva comigo diariamente sabe a quantidade de energia que tenho alocado ao seu bem-estar.
Mas 2022, foi também um ano de superação na vida pessoal, com investimento no meu doutoramento, o regresso à atividade de docência académica e publicações, a entrada dos meus dois filhos no ensino secundário e a concretização de um grande objetivo: chegar aos 40 anos com os meus dois filhos com 15 anos. Mas qual a real importância deste marco? Tendo sido uma mãe jovem para a minha geração, cedo me vi de certa forma em contraciclo para com o meu grupo de amigos: quando queriam sair à noite eu andava no meio das fraldas e nunca perdi o pensamento “Rita, quando tiveres 40 anos, os teus filhos terão 15 anos e tu ainda terás um mundo todo para abraçar pela tua frente”. Curiosamente, hoje sou eu quem quer sair à noite e são precisamente esses meus amigos que andam nas fraldas. E acreditem, sabe mesmo bem (uma pequena vendetta) dizer: “Hoje jantar. Sem crianças”.
Foi o ano em que também aprendi que nem sempre se deve dizer “sim” e que se deve ser clara na mensagem “faço, mas preciso de ajuda” ou então “ajudo no que puder – mas não acarretando problemas ou culpa de algo que não é necessariamente da minha responsabilidade.” Aprendi que existe um banco de horas para nós próprios, e que o meu claramente estava com um saldo no limite do negativo, contra mim própria. Aprendi que são centenas as decisões (grandes ou pequenas que tomamos diariamente e que nos vão pesando a mochila). Consegui revisitar o passado e recriar hábitos que me trazem equilíbrio, escrever, correr pela manhã, ouvir música no carro por minha livre seleção (e não as rádios comerciais sempre interrompidas por publicidade, informação ou desinformação mas que não nos permite relaxar). Fiz as viagens há muito prometidas com os meus filhos, como Nova Iorque ou Londres e os maravilhoso sunset na companhia dos seus amigos e com quem tanto me diverti. Sim, não escondo como Mãe, a adolescência é uma fase exigente para nós mas ao mesmo tempo maravilhosa. Poder estar simplesmente a jantar e a interagir sobre temas complexos em comum, tem sido outro dos meus aprendizados. E aprendi a pensar antes de reagir a coisas simples, como um “deixei a porta-moedas no autocarro, mãe, desculpa”. Lema de 2022 na matéria: “sorrir e acenar” (para os fãs do filme de animação Madagáscar).
Foi um ano de jantar e ficar fora sozinha (se necessário) sem remorsos ou preocupações para os que ficam, e ser surpreendida com o meu telefonema às 07:15 para os meus filhos (obviamente para garantir que tudo estava bem) sendo confrontada do outro lado pelo Ricardo, que nem me deixou falar: “sim Mãe, já estamos a pé a caminho do autocarro. E não Mãe, não sei porque estás a telefonar” (a ironia foi óbvia). E dar por mim a pensar, a mudança em mim própria tinha mesmo de acontecer. No final, temos de aprender a não ser tão exigentes connosco próprios e acreditar que fomos capazes de fazer os outros que nos rodeiam crescer. E que tudo isto contribui para o nosso equilíbrio, e para nos manter saudáveis.
Deixo aqui a minha humilde e curta mensagem para 2023, como aliás escrevi no início:
Quando tudo na vida das nossas Pessoas falha, a nossa liderança saudável não pode falhar!
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“As mulheres na arquitetura estão muito bem representadas”Arquitetura / Atualidade / Carreira / DestaquesHá gabinetes de arquitetura que desde a sua génese marcam a diferença e promovem mais valias em todos os aspetos da sua orgânica, assumindo-se como elementos impulsionadores de uma forma de estar distinta perante o mercado através da criatividade, excelência e diferenciação.
Maria Manuel Alvarez é sócia fundadora da SERRALVAREZ ARQUITECTOS, atelier que se associa a profissionais das áreas de engenharia, arquitetura paisagista, escultura e pintura realizando projetos coordenados na área do planeamento urbano, arquitetura e interiores e conta com um espólio de prémios recebidos como a Menção Honrosa Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura em 2006 e 2008 e Menção de Honra Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2016. Acredita que a arquitetura, mais do que uma vocação, é a capacidade de mudar o mundo ao moldar o espaço e a vida das pessoas. A sua única meta profissional sempre foi procurar novos trabalhos, novos desafios de projeto e alimentar a curiosidade permanente sobre novas técnicas, materiais e abordagens.
Estudou arquitetura motivada pela curiosidade de observar e entender o mundo à sua volta. Encontrando na área a fusão entre a arte e a ciência, apostou numa profissão abrangente e criativa. Assume que a visão da arquitetura é muito pessoal e varia conforme as nossas experiências sensoriais, e considera que a sua tem um toque especial de quem observou muito, se interessou muito e teve oportunidade de lidar com professores e profissionais que a marcaram e influenciaram. “Tento ter a capacidade de ler o sítio, integrar a resposta e expressar a ideia de forma clara, concisa ao cliente. Não pretendo deixar uma marca no sentido de praticar uma arquitectura reconhecível, de autor. Nos dias de hoje perfilho a opinião de que a forma mais sustentável de construir é não construir! Se construirmos devemos fazê-lo de forma sustentável utilizando materiais de origem sustentável, de fácil reciclagem, usar betão verde, usar a madeira, reduzir a necessidade de sistemas mecânicos de ventilação e climatização e de segurança em espaços encerrados; utilizar sistemas de produção de energia a partir de fontes renováveis. No meu entender a Arquitetura pode ser anónima e impercetível desde que cumpra o seu papel que é o de mudar o mundo à nossa escala, onde intervimos, para melhor. Ao moldarmos o espaço moldamos a vida das pessoas. E é essa a minha missão como arquiteta”, confessa.
No papel de Mulher na liderança, assume ter alcançado o seu lugar com muito trabalho, dedicação e amor à causa. Contudo, apesar de ser exímia no papel que desempenha, continua a ter alguma dificuldade em descrever a líder perfeita porque, pela ordem natural das coisas, tudo muda ao longo do tempo: “O que era válido quando comecei não o é agora. Os jovens partilham conhecimentos e experiência de forma corrente e natural em espaços de coworking, sem reservas, sem limites, vivem menos ligados aos bens materiais e praticam uma forma de despojamento, de fazer inveja à nossa geração. Um líder, hoje, tem que perceber que a manutenção do nosso estilo de vida conduzirá inevitavelmente ao esgotamento dos recursos naturais antes do fim do século com uma escalada de guerras, epidemias e fome generalizada e tem que perceber na sua profissão o que poderá fazer para travar essa degradação acelerada. Reduzir o consumo, reciclar, reflorestar, renaturalizar os espaços são temas na agenda.”
No que refere à questão da igualdade de género, Maria Alvarez acredita que, intelectualmente, não há diferenças e que, por esse motivo, a questão da desigualdade nunca devia ser um obstáculo. “Tenho muitos exemplos de grandes arquitetas, cujo expoente máximo é Zaha Hadid, precocemente desaparecida, que ganhou um concurso anónimo em Hong Kong quando jovem, e não teve seguimento quando o cliente percebeu que o vencedor era uma mulher. Os seus colegas afirmavam convictamente que desenhava bem, mas nunca construiria nada e só muitos anos mais tarde, depois de reconhecida em todo o mundo, construiu a primeira obra no Reino Unido seu país de adoção. Foi necessária um vontade férrea, uma convicção profunda, uma entrega total, para alterar o status quo e tornar-se a primeira mulher a receber o Prémio Pritzker. (…) Os olhares discriminatórios, não só dos homens, existem em todas as profissões e aqui diria que há que ter coragem e confiança.”
São exemplos como este que trazem a luz e a esperança de que o caminho rumo ao topo é possível para todas as mulheres, em todas as áreas, desde que os ingredientes mérito, esforço e talento estejam presentes na receita para o sucesso.
“O arquiteto, tal como poeta, tal como maestro, é uma palavra sem género” remata.
“O arquiteto, tal como um maestro conhece a música, os instrumentos, os músicos, a acústica da sala, deve conseguir juntar o todo numa obra final harmoniosa. Sem ter que tocar todos os instrumentos deve ter esse conhecimento global e elevar o grupo a um resultado superior, surpreendente.”
Em relação ao papel como líder, acredita afincadamente que ver a equipa como um todo é fulcral para atingir a excelência, aliado com compreensão, paixão e tempo. Mestre na arte de liderar e certeira na visão sobre os processos de liderança rumo ao sucesso, deixa a sua visão sobre o mundo do trabalho e conselhos importantes: “Dificilmente um não arquiteto entende as longas horas necessárias a perceber o local e o programa, acarinhar o nascimento e desenvolvimento das ideias e transposição para o papel, licenciamentos, consulta ao mercado e acompanhamento da obra, dia e noite. É uma dedicação total que gera incompreensão dentro da própria família que se sente negligenciada. Este facto é, ainda hoje, desculpável ou existe maior compreensão, quando se é homem. O sentimento de culpa, quando não existe capacidade de aceitar esta condição, leva muitas mulheres a desistir e relegar-se para um segundo plano com um horário mais consentâneo com a família. Aprender a viver com essa dicotomia é um desafio que pode demorar uma vida a resolver. O meu conselho é não desistir nunca dos seus sonhos.”
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VÂNIA GUERREIRO, DIRETORA DE MARKETING E COMUNICAÇÃO DA iSERVICESAtualidade / Carreira / DestaquesQuais são as características indispensáveis a uma boa marketeer?
Com os avanços da era digital e o amplo uso de novas ferramentas e inovações disruptivas, o perfil, as competências e as habilidades requeridas para a maioria das profissões têm de estar adaptadas às tendências atuais e aos complexos desafios que advém da Quarta Revolução Industrial. Vivemos a era da robótica avançada, da inteligência artificial, da Internet das Coisas (IoT), do machine learning e de tantas outras ferramentas que vieram para ficar. Neste cenário, o papel do marketeer é algo que não tem de estar ligado ao género, nem etnia, ou qualquer outra variação biológica. Acima de tudo tem de ser alguém capaz de saber como atuar na resolução de problemas complexos, na gestão de pessoas, na coordenação de trabalhos, bem como saber desenvolver a sua capacidade de tomada de decisão.
A criatividade deixou de ser o fator determinante para que o profissional de marketing seja considerado um talento. Esta habilidade continua a ser de extrema relevância, porém a atual realidade possui muitas outras exigências.
Um bom (ou boa) marketeer necessita, acima de tudo, de ser um profissional focado em resultados, com ampla capacidade analítica de dados para auxiliar no processo de tomada de decisões da equipa comercial e capaz de propor retornos mensuráveis para o negócio.
2. O que é que precisa de mudar para que uma mulher em posição de destaque deixe de ser noticia?
Ainda predomina, de facto, o domínio de uma economia assente em empresas que são maioritariamente geridas por homens e, embora já se note uma evolução positiva no que toca à representatividade feminina, há ainda um longo caminho a ser percorrido. Neste sentido, é natural que cada vez que uma mulher se destaca numa posição de liderança, esse aspeto seja noticiado.
Embora a minha experiência profissional seja divergente, reconheço que ainda existem vários obstáculos que podem dificultar a progressão profissional das mulheres. Portugal ainda é marcado por uma forte cultura matriarcal e este fator torna a progressão profissional feminina mais lenta, quando comparada com a progressão de carreira dos homens. A estruturação do equilíbrio entre a componente familiar e profissional recai bastante mais sobre as mulheres, em geral. As mulheres devem lutar para que esse equilíbrio seja repartido de igual forma, mas mais uma vez, aponto aqui a necessidade de uma visão liberal pela inclusão.
O destaque noticioso sobre uma posição superior de liderança não deve ser dado pela perspetiva de género, mas sim pelo reconhecimento do talento e do mérito do indivíduo, seja ele feminino ou masculino. A sociedade portuguesa estará ao mesmo nível dos países mais inclusivos, quanto mais a nossa democracia estiver de facto comprometida com a defesa dos direitos individuais, promovendo as políticas públicas necessárias à total eliminação de quaisquer tipo de práticas discriminatórias. A bandeira pela qual devemos lutar – para que a notícia seja, exclusivamente, sobre o mérito e nunca sobre o género ou a etnia do indivíduo noticiado – deve ser a da causa justa, ou seja, aquela que defende que todos os cidadãos devem estar comprometidos com a igualdade de liberdades, direitos e oportunidades entre homens e mulheres.
3. Diriam que um homem, para chegar onde vocês se encontram hoje, teria de fazer os mesmos sacrifícios?
Pessoalmente, pela minha experiência enquanto profissional de marketing há quase 20 anos, não sinto que tenha de ter feito sacrifícios adicionais pelo facto de ser mulher. Sou mãe, sou filha, sou esposa, tenho uma vida social e familiar bastante ativa e, em paralelo, sou profissional de marketing e comunicação e há mais de 8 anos que assumo cargos de direção. O investimento que tenho feito do meu tempo, da minha disponibilidade e das minhas opções não são diferentes daqueles que o meu marido também tem feito, uma vez que também ele trabalha numa posição, igualmente, exigente.
Possuo, acima de tudo, uma visão liberal da luta pela igualdade entre homens e mulheres e não me revejo de forma nenhuma no feminismo radical, que se instalou na nossa sociedade ao longo dos últimos anos. Identifico-me com uma perspetiva de Feminismo Liberal, uma vez que, este sim, foi o pioneiro na defesa do sufrágio feminino, na afirmação da soberania política e cívica da mulher, na luta contra todas as discriminações — negativas ou positivas — e na capacitação e autonomia de todos os indivíduos. O importante, a meu ver, é a luta pela igualdade perante a lei, traduzida em direitos iguais e responsabilidades cívicas, ou “sacrifícios” – também eles – iguais, quer para mulheres, quer para homens. A visão liberal do feminismo é uma visão humanista, inclusiva, plural e universalista. O importante é conseguirmos unir a sociedade reconhecendo iguais direitos a todos – mulheres e homens – e dos quais a igualdade de oportunidades e igualdade no acesso à justiça – um dos garantes do Estado de Direito – são os melhores exemplos. Deixo aqui o meu apelo para que não se transforme nunca esta questão numa espécie de paternalismo político de homens sobre mulheres.
4. Numa sociedade onde os homens ocupam a maior parte dos cargos de destaque, uma mulher líder sente mais pressão em fazer um bom trabalho?
Ainda falta, com efetividade, um longo caminho a percorrer para conseguirmos instaurar uma consciência comum de direitos e deveres iguais entre mulheres e homens. Infelizmente, ainda persistem inúmeras arbitrariedades, discriminações e injustiças no universo laboral português. As perspetivas de vida de muitas mulheres são ainda muito limitadas, originando grande disparidade de oportunidades de realização pessoal, familiar, profissional e até salarial.
Na minha experiência pessoal e profissional, felizmente, nunca senti pressão adicional pelo facto de ser mulher. Senti e sinto, como é natural, a pressão inerente ao cargo diretivo que ocupo: a pressão das tendências do mercado e do setor; a pressão dos resultados; a pressão da aprendizagem contínua.
5. Que conselho dariam a uma mulher em início de carreira, com o desejo de alcançar uma posição de destaque na área do marketing?
Daria o mesmo conselho a uma mulher, ou a um homem em início de carreira. Para alcançar uma posição de destaque, não basta trabalhar muito e bem. Há muitos outros aspetos a ter em conta.
Em primeiro lugar é importante ter consciência dos objetivos a alcançar. O sentimento sobre o sucesso profissional é um conceito subjetivo e as principais medidas do sucesso e da felicidade são diferentes, de indivíduo para indivíduo. Alcançar um patamar de liderança só será relevante se esse objetivo se integrar numa perspetiva holística de acordo com todos os objetivos predefinidos: pessoais, familiares, profissionais e salariais. Saber onde quer chegar é fundamental para alcançar um patamar de liderança. Há que definir com critérios objetivos as metas de curto, médio e longo prazo e trabalhar, de forma persistente, para as alcançar.
Em segundo lugar é necessário conhecer bem os pontos fortes e os aspetos a melhorar, a cada momento. É necessário realizar balanços com regularidade, reajustar os objetivos e as metas sempre que for oportuno, e até mesmo mudar o rumo se necessário.
Um profissional que chega a um cargo de destaque na área de marketing tem de estar em constante aprendizagem. Não pode parar de estudar, e sobretudo não pode parar de aprender. O seu crescimento profissional depende bastante da sua capacidade de absorver conhecimento.
Este desenvolvimento deve ser uma combinação de competências técnicas – cada vez mais exigentes – mas acima de tudo, comportamentais: agilidade, capacidade de negociação, flexibilidade, inteligência emocional, proatividade, dinamismo, entre muitas outras.
O mercado de trabalho na área de marketing e comunicação procura, cada vez mais, por profissionais altamente qualificados que possam entender e lidar com as rápidas mudanças nos comportamentos de consumo. A nossa profissão tem sido uma das que mais cresceu e mais valorizou nos últimos anos, e esse crescimento não vai parar. A todas as mulheres que entram hoje neste mercado e queiram fazer uma carreira de sucesso a minha mensagem é esta: estejam sempre atentas, conectadas, capacitadas e mantenham as mentes sempre abertas para compreenderem os porquês, as inovações, as experiências e as tendências. A área de marketing é, felizmente, uma profissão muito valorizada que pode levar a um caminho incrível de reconhecimentos e vitórias!
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SÍLVIA PINTO, DIRETORA DE MARKETING DA GOLDENERGYAmbiente / Atualidade / Carreira / DestaquesQuais são as características indispensáveis a uma boa marketeer?
Diria que sobretudo ter como características, a criatividade; a atenção à atualidade; conhecer bem os consumidores, os seus hábitos e as novas tendências de consumo; fácil adaptação à mudança e conhecimento das várias ferramentas de comunicação atuais.
2. O que é que precisa de mudar para que uma mulher em posição de destaque deixe de ser notícia?
Até pode continuar a ser notícia. Mas não por ser mulher e sim por se destacar pelo seu profissionalismo e pelos resultados que apresenta. No fundo, ser o mérito a gerar a notícia.
3. Diria que um homem, para chegar onde você̂ se encontra hoje, teria de fazer os mesmos sacrifícios?
É uma questão cultural o facto de um homem conseguir chegar mais rapidamente a lugares de destaque profissionalmente. Mas sinceramente, penso que aos poucos isto está a mudar na nossa sociedade, de uma forma lenta e por vezes com alguns retrocessos, mas está.
4. Numa sociedade onde os homens ocupam a maior parte dos cargos de destaque, uma mulher líder sente mais pressão em fazer um bom trabalho?
Não me parece. Acho que a pressão para se ter bons resultados não depende de se ser um homem ou uma mulher mas sim dos objetivos propostos e da exigência de cada função.
5. Que conselho daria a uma mulher em início de carreira, com o desejo de alcançar uma posição de destaque na área do marketing?
Que seja persistente, criativa e inovadora. [...]
ANA CAÇÃO, RESPONSÁVEL DE COMUNICAÇÃO BANCO CREDIBOM E PISCAPISCA.PTAtualidade / Carreira / Destaques / Mais lidos1- Quais são as características indispensáveis a uma boa marketeer?
Destacaria quatro caraterísticas, que na minha opinião, são indispensáveis para uma boa marketeer:
1. Precisa de ser apaixonada por estar sempre a aprender coisas novas,
2. Deve ser autêntica e confiável, pois são caraterísticas que ajudam a construir
relacionamentos de longo prazo com os consumidores e parceiros,
3. Conhecer profundamente o mercado, não só por via analítica, mas escuta ativa junto do consumidor,
4. E não menos importante, que sejam inspiradoras, as marcas são uma extensão da equipa que as trabalham, as marcas devem ter uma identidade, valores e propósitos, com o objetivo de criar conexões com o seu público e tornar a marca mais desejável para os
consumidores.
2- O que é que precisa de mudar para que uma mulher em posição de destaque deixe de ser notícia?
Um estudo recente, publicado em 2021 pela Ipsos, permite-nos ter um breve olhar sobre o lugar da mulher na sociedade dos dias de hoje. O estudo indica que ainda há um percurso a percorrer, mas que a sociedade tem consciência disso, o que me parece um excelente indicador. Contudo e embora seja reconhecido o mérito e aceite com naturalidade, que lugares de chefia sejam assumidos pelo género feminino, a falta de mulheres em funções de liderança é apontada em 5º lugar, como um dos maiores desafios que as mulheres jovens e adultas enfrentam em Portugal, assim como, as disparidades salariais entre géneros. Para que que uma mulher em posição de destaque deixe de ser notícia, é necessário que as organizações, apostem na captação e retenção dos melhores talentos e promover a igualdade de oportunidades, independentemente do género. Acredito que é fundamental premiar o mérito e apostar na consciencialização sobre a necessidade de alterar esta situação e consequentemente numa mudança de atitudes, de ambos os géneros. Uma organização que promova esta atitude, está seguramente mais bem preparada para interpretar novos contextos e desafios.
3- Diriam que um homem, para chegar onde vocês se encontram hoje, teria de fazer os mesmos sacrifícios?
A mulher é multitasking porque culturalmente foi criada para fazer várias coisas ao mesmo tempo, ainda é um desafio, conciliar a evolução da carreira e reduzir preconceitos em relação à maternidade, mas tenho assistido a uma mudança de valores e comportamentos. E esta mudança, importa que o ocorra nas duas perspetivas, algumas organizações como o Grupo CA CF no qual se integra o Banco Credibom, em Portugal há mais de 25 anos, tem nos últimos anos, promovido a equidade de ambos os géneros incentivando os homens a usufruir da licença de parental, implementando um modelo de trabalho hibrido, que potencia o work life balance assim como, oapoio a organizações como a dress for sucess que defende que “todas as mulheres tem o poder de se transformar numa história de sucesso”, a associação apoia mulheres que se encontram numa situação vulnerável e esse apoio, estende-se à integração das mulheres no mercado de trabalho. São exemplos de ações que demonstram que a transformação deve ser feita a vários níveis.
4- Numa sociedade onde os homens ocupam a maior parte dos cargos de destaque, uma mulher líder sente mais pressão em fazer um bom trabalho?
Em algumas áreas, tradicionalmente mais associadas a uma liderança masculina, sim, mas o próprio conceito de liderança tem evoluído, e temos assistido na última década a uma evolução da visão tradicional do líder para alguém que apresente boas skills técnicas, e com um elevado grau de inteligência emocional. As mulheres são mais criativas, multitarefas, com maior capacidade de gestão de conflitos e possuem maior inteligência emocional, características que acentuam o potencial de inovação. Na minha opinião este é o trigger para diminuir a desigualdade e pressão.
5- Que conselho dariam a uma mulher em início de carreira, com o desejo de alcançar uma posição de destaque na área do marketing?
O autoconhecimento é uma grande vantagem. Utilizar ao máximo os seus pontos positivos e ter a coragem de não parar de trabalhar as suas fraquezas. Nos momentos mais desafiantes, procurar a resiliência, a inspiração.
[...]
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