Eleições Legislativas 2025: Próximo parlamento terá o mesmo número de mulheres do que em 2024

A coligação AD – PSD/CDS-PP saiu vitoriosa das eleições legislativas, aumentando ligeiramente a sua representação na Assembleia da República. No entanto, foram os resultados do Partido Socialista e do Chega que trouxeram as maiores surpresas da noite.

O Partido Socialista obteve a maioria dos votos apenas no distrito de Évora, com 27,81%. A nível nacional, o partido liderado por Pedro Nuno Santos alcançou 23,4% dos votos, garantindo 58 mandatos. Já a coligação AD conquistou 32,7% da preferência dos eleitores, traduzindo-se em 89 deputados.

O Chega manteve a sua trajetória de crescimento e atingiu o mesmo número de mandatos do Partido Socialista—58—tendo assegurado 22,6% dos votos. Com esta distribuição, o Parlamento deixou de ser dominado pelo bipartidarismo.

Além destes três partidos, a nova composição parlamentar conta ainda com a Iniciativa Liberal (IL), que obteve 5,5% dos votos e conquistou 9 mandatos; o LIVRE, com 4,2% e 6 mandatos; a CDU, que atingiu 3,0% e garantiu 3 mandatos; o Bloco de Esquerda, que ficou com 2,0% e 1 mandato; o PAN, que recebeu 1,4% dos votos, assegurando também 1 mandato; e o Juntos Pelo Povo, que obteve 0,3% dos votos e garantiu igualmente 1 mandato.

O próximo parlamento português terá o mesmo número de deputadas do que as eleitas nas legislativas do ano passado, e vão ocupar 76 dos 226 mandatos atribuídos nas eleições de domingo.

As eleitas representam 33,6% dos deputados, faltando ainda conhecer os quatro mandatos pela emigração, aos quais concorreram várias cabeças-de-lista mulheres, entre as quais a candidata do PS pelo círculo da Europa, Maria Emília Ribeiro.

De acordo com os mandatos já atribuídos, a AD elegeu 28 mulheres, o PS 21, o Chega 17, a IL três e o Livre outras três. PCP, BE e PAN elegerem uma deputada cada um e, nos Açores, a coligação PPD/PSD.CDS-PP.PPM também elegeu uma deputada.