A SONHADORA QUE TRANSFORMA VIDAS

Desde a infância numa pequena cidade até à liderança em projetos internacionais, Ângela Pinto sempre se destacou por uma visão que ultrapassa fronteiras. Com uma mistura de paixão, determinação e uma sede insaciável por conhecimento, ela transformou desafios em oportunidades, tornando-se uma força motriz na promoção de sociedades mais justas e equitativas. Conheça a trajetória de uma “Maria dos sete ofícios” que, com um sorriso e uma mente afiada, está a mudar o mundo um projeto de cada vez.

Desde cedo, Ângela Pinto soube que a sua missão de vida era contribuir para um mundo mais justo e equitativo. Esta convicção guiou a sua trajetória académica e profissional, combinando saberes multidisciplinares que vão das ciências sociais e humanas à análise de dados.
Licenciada em Criminologia, mestre em Política Internacional com foco no desenvolvimento, e pós-graduada em Análise de Dados, Ângela é uma verdadeira “Mulher dos sete ofícios”. Sempre pronta a aprender e a adaptar-se a novos desafios, acredita na importância de sair da zona de conforto e valoriza cada aprendizagem que retira das suas experiências.
A passagem de Ângela pela Comissão Europeia, na DG REGIO em Bruxelas, foi um ponto de viragem na sua carreira. Lá, teve a oportunidade de se envolver diretamente na formulação estratégica de políticas públicas e de compreender o impacto dos investimentos estruturais europeus e das políticas de coesão social. Esta experiência fez com que Ângela desejasse compreender o outro lado da equação: o dos beneficiários e da execução dos programas no terreno. Foi assim que se envolveu em projetos internacionais financiados pela UE, sempre com o objetivo de promover o desenvolvimento e a coesão entre as diferentes regiões da Europa.

Lidar com a complexidade de gerir vários orçamentos e as exigências de reporte financeiro e administrativo tem sido um dos principais desafios para Ângela. No entanto, a sua capacidade de organização, planeamento de tarefas e definição de prioridades tem sido crucial. O apoio dos colegas de equipa e da sua família também tem sido uma mais-valia, permitindo-lhe superar os obstáculos e alcançar os objetivos definidos.

O trabalho de Ângela como ativista de direitos humanos na Amnistia Internacional Portugal reforçou a sua sensibilidade para questões relacionadas com direitos humanos e consciencialização cívica. Acredita que todos nós podemos ser agentes de mudança e usar a nossa voz para proteger aqueles cujos direitos estão a ser violados. Esta perspetiva tem influenciado a sua abordagem profissional, motivando-a a trabalhar em projetos que promovem a justiça social e a igualdade de oportunidades. Ângela valoriza as técnicas de educação não formal como complemento ao ensino convencional, pois acredita que estas metodologias estimulam o pensamento crítico, essencial para sociedades resilientes. Ao proporcionar momentos de reflexão e discussão em espaços seguros, os jovens são incentivados a adotar comportamentos conscientes e a desenvolver competências emocionais e relacionais mais saudáveis.

Em 2024, Ângela assumiu novas responsabilidades, transitando o foco da componente técnica e científica para a gestão financeira. Além disso, começou a colaborar com a
Resposta Luso, uma associação dedicada à promoção do nexo humanitário- desenvolvimento-paz, com especial foco nas comunidades dos países lusófonos. Este novo projeto trouxe desafios acrescidos, mas também oportunidades enriquecedoras.

Embora Ângela não tenha assumido cargos formais de coordenação, a sua carreira profissional tem-na colocado em contextos de trabalho diversificados, muitos com uma forte presença feminina. A sua experiência mostrou-lhe que as mulheres possuem fortes competências de organização, assertividade, relacionamento interpessoal, escuta ativa e colaboração, competências essenciais para o sucesso de qualquer equipa. Guiada pelos valores de justiça social, igualdade de oportunidades, diálogo, cooperação e compromisso, Ângela esforça-se por colocar em prática estes princípios em tudo o que faz. Desde reflexões académicas sobre género ao trabalho direto com migrantes, jovens e pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconómica, a sua atuação é marcada por um compromisso inabalável com a promoção de sociedades resilientes.

Ângela deixa um conselho para jovens profissionais que aspiram a uma carreira em gestão de projetos internacionais, direitos humanos ou promoção da saúde, Ângela aconselha a acreditar no próprio potencial e capacidade de ação. Encoraja-os a criar oportunidades, a lutar pelos seus sonhos e a ser incluídos nos processos de tomada de decisão, pois acredita que os jovens têm a energia e a visão necessária para transformar o presente e moldar o futuro. No futuro, Ângela pretende continuar a adicionar valor ao seu portfólio de experiências na esfera internacional, trabalhando em rede e criando parcerias estratégicas para um mundo inclusivo e sustentável. A sua visão é de um mundo onde todos têm as mesmas oportunidades de crescimento. Para Ângela, a liderança eficaz mede-se pela capacidade de ouvir, inspirar e capacitar aqueles com quem se trabalha. A verdadeira liderança está na capacidade de apoiar, respeitar as diversidades e criar ambientes colaborativos onde as pessoas possam prosperar. Ângela enfatiza a importância de confiar na capacidade de superar desafios e de não se deixar intimidar pelas expectativas impostas pelos outros.
Acredita que todas as mulheres, em funções de liderança ou não, podem servir como exemplo e inspirar outras mulheres através das suas ações e atitudes. A união, solidariedade e empatia entre mulheres são poderosas e têm um efeito catalisador gigante, permitindo que todas cresçam e prosperem em sociedade.

“Acredito na importância de sairmos fora da nossa zona de conforto e valorizo as aprendizagens que retiro de cada experiência”.