Sociedade Portuguesa de Inovação

Sara Medina administradora da Sociedade Portuguesa de Inovação

A liderança eficaz exige capacidade para gerir sentimentos agitados e, ao mesmo tempo permitir a plena expressão das emoções positivas.

 

Sara Medina

A presenca da SPI, a nível internacional, permite a criação de parcerias estratégicas. Quais os maiores desafios?
A Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) é uma empresa de consultadoria, criada em 1996, com um profundo conhecimento dos setores público e privado, assim como dos processos que permitem aos seus clientes, nacionais e internacionais, fomentar a inovação, ser competitivos e gerar crescimento.
Desde o início da nossa atividade que nos assumimos como uma empresa internacional, com a abertura de escritórios nos EUA e na China em 1999. Apostamos continuadamente na criação de parcerias estratégicas e sinergias, fundamentais para realizar os mais variados projetos em diferentes partes do mundo.
Esta atuação em diversos mercados é potenciada pelo facto de termos mais de 75 colaboradores de 10 nacionalidades diferentes, e pelos nossos escritórios e empresas em Portugal (Porto, Coimbra, Lisboa, Évora e Açores), na China (Pequim e Macau), EUA (Washington D.C. e Califórnia), Espanha (Santiago de Compostela), Singapura e uma representação permanente em Bruxelas, através de uma parceria com a European Business and Innovation Centre Network (EBN).
Uma empresa com presença internacional diversificada pode estabelecer centros de competência, incluindo departamentos de Investigação e Desenvolvimento, geograficamente distribuídos, possibilitando-lhe, entre outros, o melhor acesso a recursos humanos altamente qualificados e à criação de novas parcerias estratégicas.

A internacionalização assume, assim, um papel relevante na criação de parcerias estratégicas, uma vez que oferece a possibilidade de desenvolver ou explorar um maior número de oportunidades de inovação. Os principais desafios centram-se na adequação destas parcerias estratégicas, isto é, a procura e o contacto com organizações potencialmente relevantes para as atividades desenvolvidas pela SPI. Estas parcerias desempenham um papel fundamental para o posicionamento de afirmação da SPI nos mercados internacionais.

Como facilitador de inovação, como vê o potencial das empresas portuguesas?
O investimento na inovação é crucial e pode efetivamente representar um ponto de viragem na conjuntura económica atual. É essencial que as empresas portuguesas percebam a necessidade de criarem sistemas de inovação internos que lhes permitam desenvolver novos processos e métodos de produção, alargar a gama de produtos e serviços, implementar metodologias que facilitem a identificação de novas oportunidades de negócios, em diferentes mercados. As empresas portuguesas apresentam um elevado nível de dinamismo em áreas como a saúde, alimentação, agricultura, biotecnologia, tecnologias de informação e comunicação, nano ciência, nanotecnologias, energia, ambiente, transportes, aeronáutica, ciências socioeconómicas, espaço e segurança. Otimizar o seu potencial de inovação deve ser uma prioridade na estratégia das organizações portuguesas.

 Qual a importância da inteligência emocional na gestão dos negócios?
Tendo que gerir uma equipa com vários colaboradores estrangeiros (Ásia, Estados Unidos, América Latina, Europa), com vários backgrounds, obriga a uma constante adaptação em termos de personalidades e métodos de trabalho, sempre alinhando os objetivos pessoais com os da empresa, de forma a otimizar o trabalho e os resultados. Nenhum profissional é capaz de gerir as emoções dos outros se não for capaz de gerir as suas próprias emoções.
4. Currículo


Sara Medina é Administradora da Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI) e da SPI Ventures.
Licenciada em Engenharia Alimentar pela Escola Superior de Biotecnologia em 1995. Tornou-se, em 1997, mestre em Estudos Alimentares “European Masters Degree in Food Studies” num programa organizado conjuntamente por cinco Universidades Europeias, doutorou-se (Ph.D.) em Economia Agro-Alimentar pela Universidade da Florida (Estados Unidos da América) em 2000. Frequentou cursos de liderança e Inovação nas Universidades de Harvard e Wharton.
Em novembro de 2013, frequentou o Asia International Executive Programme no INSEAD, em Singapura e em maio de 2017 frequentou o Managing Global Virtual Teams Programme no INSEAD, em Paris.
Iniciou a sua carreira profissional em 2001 na consultora Accenture em Portugal, tendo aconselhado clientes de vários sectores de atividade.
Em 2003 integrou a Sociedade Portuguesa de Inovação (SPI – www.spi.pt/). É, desde 2007, administradora da SPI, contribuindo para a gestão da SPI a nível global. Coordenou projetos para clientes internacionais do setor público e privado, incluindo projetos de gestão de inovação, transferência de tecnologia, I&D, internacionalização, estudos de mercado, entre outros. Coordenou também projetos financiados pela Comissão Europeia (CE), Banco Mundial e Banco Interamericano.
Convidada como perita pelo EU SME Centre na China para realizar uma série de seminários sobre a China para representantes de PME na Letónia, Itália, Espanha, Portugal e França. Foi especialista e membro do comité internacional da “International Technology Transfer Network (ITTN)” na promoção de transferência de tecnologia e cooperação com a China. Foi membro convidado do Access to Risk Finance Advisory Group, nomeado pela Comissão Europeia e avaliadora no programa “SME Instrument”, Horizon 2020.5.

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