A ValeNegócios entra no mercado para apoiar a gestão financeira da empresa, dar formação nas mais variadas vertentes e auxiliar o empresário na sua visão de negócio, com uma forte sensibilização para o facto de que, uma organização/empresa vai além do seu próprio produto.
Esta empresa tem também outros serviços e outras apostas, como é o exemplo, da construção do empreendimento da Porta do Vale, em Paços de Ferreira. Este empreendimento é a entrada para uma simbiose perfeita entre o conforto do lar e a tranquilidade que a natureza oferece.
Como diretora executiva da ValeNegócios, quais as expectativas para este desafio profissional?
A ValeNegócios surge na sequência de uma necessidade de dar um novo rumo ao meu percurso profissional. Após 19 anos de experiência no setor bancário, trabalhando com Micro e PME’s, fui percebendo que os empresários, na sua maioria, são capazes de produzir bem o seu produto, no entanto sentem muita dificuldade na gestão da sua organização. Existe uma lacuna na formação dos quadros de gestão, tanto a nível financeiro como no marketing e essencialmente na gestão de talentos e pessoas. Descura-se de fatores extremamente importantes para a sua identidade e progressão. Nestes casos, mesmo com produtos de excelente qualidade, a empresa poderá ser inconscientemente limitada pelos seus líderes dada a dificuldade de apostarem na sua própria formação. Neste contexto senti que, dada a experiência adquirida na banca assim como os conhecimentos adquiridos, de alguma forma, podíamos ajudar estes empresários no seu desenvolvimento. Inscrevi-me num MBA de gestão de empresas e criei a minha própria empresa.
A ValeNegócios surge, assim, com a finalidade de, através da consultoria na gestão de empresas e de investimentos, representarmos uma mais valia, impulsionando o seu crescimento. É essa a nossa missão, foco nas necessidades do cliente e rodearmo-nos de ferramentas que possam ser úteis na gestão de uma organização que pode trazer mais à sociedade, assim como para o seu próprio desenvolvimento interno.
O desafio de trocar o certo pelo incerto não deixa de ser assustador, no entanto, a tranquilidade está em focar nas necessidades do cliente e nos mantemos fiéis à nossa missão e valores.
Que serviços oferece a vossa empresa?
A ValeNegócios oferece um maior conforto e segurança às organizações e seus gestores. Apoia na gestão financeira, formação nas mais variadas necessidades de cada empresa, auxilia na gestão de talentos orientando a visão do empresário e fazendo-o perceber que uma organização é muito mais do que fornecer o seu produto. Na sequência da necessidade de nos dotarmos de ferramentas e parcerias que nos permitissem prestar
um melhor serviço às empresas acabamos por ser desafiados pelo Dr. Pedro Santos da Onebiz, a complementar a nossa oferta com a contabilidade, organização e gestão. E assim encontramos os melhores parceiros e uma marca internacional de referência.
Abrimos um escritório da Acountia, em Paços de Ferreira, que nos dotou de uma estrutura de elevada qualidade na área da contabilidade. Desafiamos uma profissional com provas dadas nesta mesma área, em quem deposito toda a minha confiança, Isabel
Martins, que ficou com a responsabilidade de gerir a nossa atividade no acompanhamento da contabilidade das empresas, nossas clientes. Ficou desta forma complementado o nosso serviço de consultoria. Em todo este processo não podia ficar de fora o apoio às decisões de investimento assim como os planos de negócios, procurando também chegar aos meios de financiamento adequados, aos melhores preços, para as nossas empresas.
Os clientes que procuram a ValeNegócios pretendem viver com qualidade. O empreendimento da Porta do Vale, em Paços de Ferreira, é um desses exemplos?
O empreendimento Porta do Vale, apesar de ser um projeto distinto da atividade principal da ValeNegócios acaba por ser o desafio da nossa vida. Foi idealizado em parceria com o eu marido, Sérgio Costa, que apesar de atualmente desempenhar funções de diretor financeiro numa empresa de referência de Paços de Ferreira, tem sonhado este conceito comigo. Há vários anos que defendemos a ideia de que, para além do conforto, as famílias precisam de viver num ambiente de paz, em contacto com a natureza que é crucial para o desenvolvimento das crianças. O impacto da liberdade, a autonomia assim como a experiência que retiram de uma vida ao ar livre. Cada vez mais, dados os horários absurdos que a nossa vida profissional nos exige, os nossos filhos ficam mais tempo fechados em escolas e salas de estudo, sem oportunidade de desfrutar de tudo o
que a nossa geração teve a sorte de viver. Trata-se de uma consequência da evolução da nossa sociedade, que temos o dever de contrariar. O Porta do Vale vem trazer a oportunidade às famílias de viverem num ambiente de elevado conforto, inserido num espaço de 5 hectares de terreno junto do rio Ferreira, dos quais 3 hectares são de zona verde. Este empreendimento situa-se à entrada da cidade de Paços de Ferreira, a menos de 5 minutos de 2 colégios privados, assim como de escolas públicas de excelente qualidade, com todos os serviços disponíveis e sem trânsito. Para quem trabalha fora da
cidade, dada proximidade também do acesso à A42, rapidamente se desloca até ao seu trabalho. A título de exemplo, em cerca de 20 minutos consegue entrar no centro do Porto. Com este projeto estamos a proporcionar um modo de vida.
Quais os objetivos da empresa para 2020?
Para além da normal atividade da ValeNegócios no apoio ao desenvolvimento e crescimento das empresas, temos o projeto do Porta do Vale para concluir. Há um longo trabalho ainda para desenvolver, em parceria com o nosso arquiteto Miguel Zarcos Palma, um profissional de excelência, que conseguiu captar a essência do projeto e se apaixonou pelo conceito tanto quanto nós. O ano de 2020 será dedicado à construção das moradias, com o rigor e a qualidade que o nosso cliente merece e espera de nós. O Porta do Vale é muito mais do que a construção de moradias, trata-se de um projeto que vai ser desenvolvido em 2 fases. A segunda fase consiste em complementar o conceito de forma de vida. E aqui se encontra a explicação para o nome atribuído, quem escolher as nossas moradias vai entrar na porta para O Vale. Um vale junto ao rio, onde se pretende desenvolver um projeto de Coworking para profissionais na área do turismo e educação. Aqui serão reabilitadas umas moradias de 1729 respeitando a sua traça original, valorizando assim o património local e criando as infraestruturas para que várias empresas possam desenvolver a sua atividade, partilhando o mesmo espaço assim como o mesmo conceito. Nesta fase, a nossa prioridade é fazer com que tudo seja possível e para tal precisamos que a mensagem passe claramente e transmitamos confiança ao nosso cliente. Conto para isso com uma equipa de profissionais da Kimage, na área de marketing, que está a preparar a estratégia de comunicação. Confirmaremos essa credibilidade assim que as 20 moradias sejam vendidas. E aí podemos trabalhar com mais tranquilidade e segurança.
Como define a ValeNegócios?
A Vale é uma organização multifacetada ligada ao negócio, em todas as formas que este possa assumir. Foca-se no crescimento das empresas e na satisfação do cliente. Temos por missão trazer ao mercado o nosso conhecimento e o nosso conceito de “forma de vida” tanto aplicado em contexto de empresa nasua organização interna, como no contexto de investimento imobiliário.
Para nós é crucial que, quem trabalhe connosco, entenda e respeite a nossa visão em que valorizamos a natureza e as pessoas, obviamente procurando a sustentabilidade da empresa com a rentabilidade inerente. A nossa estratégia passa por desenvolver uma rede de contactos, com empresas que partilhem dos nossos valores de forma a termos respostas prontas às necessidades específicas dos nossos clientes sem que, para isso, tenhamos custos fixos desnecessários.
Como analisa o investimento imobiliário, em Portugal?
Temos no nosso país mais valias culturais e naturais e que permitem atrair a entrada de capitais nacionais e estrangeiros de uma forma sustentada. No entanto, orientamo-nos muito por modas e cometemos o erro de não pensar por nós próprios. Segue-se a tendência, tanto na vertente da oferta como da procura. Gastam-se valores absurdos em imóveis de pouca qualidade e que não trazem mais valia ao comprador, a não ser o facto de estarem perto do centro. O que na realidade traduz-se em viver em ambientes de maior poluição acabando por demorar mais tempo a chegar aos seus locais de trabalho.
Valorizo os investimentos que estão a ser feitos nos grandes centros urbanos e em zonas históricas. A aposta na reabilitação é uma mais valia importante para as nossas cidades. E ainda há muito para se fazer, no entanto, a concentração do investimento leva a preços muito elevados e a uma grande especulação sacrificando-se muitas vezes a qualidade.
A tendência na construção é ainda a de fazer mais do mesmo. São poucas as soluções que primam pela diferença. Compreendo que o primeiro objetivo do investidor seja a rentabilidade e a tendência para conseguir o máximo de construção. No entanto há
mercado para tudo. É necessário apostar em soluções de qualidade mais retiradas dos grandes centros, dado que temos excelentes acessos e comunicações. Cada vez mais, as pessoas precisam e procuram mais qualidade de vida para as suas famílias. Acima de tudo é preciso ler as necessidades das pessoas e quem não as souber interpretar poderá ficar pelo caminho. Há que ter coragem para inovar e marcar a diferença.
Considera que, como diretora executiva de uma empresa, é também um exemplo para outras mulheres que ambicionam um cargo de topo?
É uma verdade que, em determinados setores, os cargos de topo estão naturalmente tomados pelos homens. O setor imobiliário é um exemplo disso. Provavelmente por isso se vê mais do mesmo. A visão de uma mulher pode trazer a diferença. Se analisarmos bem, quem na realidade toma a decisão quanto à escolha da casa para a sua família é, na maioria das vezes, a mulher. É natural que nós consigamos compreender o que o mercado procura neste setor. Mas este é só um exemplo. Não há cargos nem setores proibidos ou impossíveis para ninguém. O que é necessário é que as mulheres não se limitem. Tudo é possível com boas equipas e o segredo está sempre em rodear-se das pessoas certas que se sintam parte da empresa. A nossa equipa é constituída, em maior número por homens, que me respeitam independentemente de eu ser mulher ou não, sendo que não sinto necessidade nunca de impor autoridade. Tudo é feito em parceria com o meu marido e as decisões são tomadas em conjunto. Nenhum se destaca na liderança, tudo acontece naturalmente. O facto de ser mulher não é limitação seja para o que for, o que nos limita são as nossas capacidades e os nossos medos. Não sou exemplo para ninguém, só sugiro que não tenham medo, rodeiem-se das pessoas certas e acreditem.