Licenciada em direito porque viu muitas séries de advogados em criança, trabalhou durante uma década na gestão de recursos humanos. Aliou estas experiências ao coaching de alta performance e sente-se, hoje, uma Mulher realizada que nunca para de sonhar.
Beatriz Madureira trabalhou em várias organizações, desempenhando funções diferentes. Após a licenciatura em Direito pela Universidade de Lisboa, trabalhou no Banco Santander Totta na área da contratação de crédito habitação e como gestora num balcão. Foi aí que surgiu o convite para rumar à terra onde viveu até aos 19 anos, trabalhar e reencontrar origens: Macau.
“Depois de ter sido advogada em vários escritórios de Macau, comecei a sentir que a profissão não me satisfazia. Ainda passei pelo Governo de Macau onde trabalhei na entidade equivalente ao Ministério do Trabalho. Como aquela posição me permitiu conhecer a grande parte dos maiores empregadores locais fui depois desafiada para trabalhar na área da gestão de pessoas numa das maiores empresas de jogo e entretenimento do mundo, que era também uma das concessionárias de jogo em Macau. Foi uma experiência extraordinária e muito enriquecedora – estou grata até hoje pela oportunidade.”
Há cinco anos regressou a Portugal e o mundo da gestão de pessoas foi a área escolhida para atuar profissionalmente, neste caso, como diretora de recursos humanos de um conceituado hotel português.
No entanto, confessa algum desânimo emergente que rapidamente solucionou, reinventando-se e aprendendo sempre mais: “Se tudo na vida fosse constante e previsível perdia a graça e o grande desafio começou quando as minhas expectativas não se conjugaram, com aquela realidade. Ao longo dos anos, tive oportunidade de trabalhar em vários tipos de ambientes e com diferentes pessoas. Isso permitiu-me ter experiências maravilhosas e outras bem pesadas. Comecei a ouvir falar na felicidade no trabalho e tudo fez sentido para mim: tornou-se evidente que, tendo alternativa, eu não queria continuar a viver num ambiente tóxico e que me fazia mal. Decidi então apostar na área da felicidade no trabalho e comecei a minha aventura de empreendedora. Investi na minha formação, o que foi fundamental e aconselho todas as pessoas a nunca deixarem de o fazer – investir em si. Comecei a trabalhar directamente com inúmeras organizações dando formações e palestras sobre este tema que, felizmente, hoje é muito procurado e valorizado pela empresas e colaboradores. Também trabalhei como consultora e, conjuntamente com as empresas, criava as condições para que os colaboradores fossem mais felizes no ambiente de trabalho, com especial foco no pilar das Pessoas, no âmbito da metodologia que desenvolvi.”
Foi aqui que o interesse no coaching surgiu e rompeu com hábitos antigos, formas de pensar e mudou o quotidiano de Beatriz. O interesse no desenvolvimento pessoal foi proporcional ao encaixar de experiências de vida, como que se do puzzle do amadurecimento se tratasse. “Confesso que nos primeiros anos de idade adulta achava que esses temas eram conversa fiada e até “banha da cobra”. Olhando para trás, até acho natural – não tinha maturidade para entender. Mas felizmente as pessoas vão mudando, evoluindo, até fruto das circunstâncias – várias questões começaram a surgir, coloquei muitas coisas em causa, até eu própria.”
“De forma natural comecei a estudar o tema. E enquanto trabalhava com as organizações, no âmbito da felicidade no trabalho, senti necessidade de ter também esta competência para poder chegar às pessoas e ajudá-las de forma mais eficaz. Percebi que para as pessoas se poderem sentir felizes naquilo que faziam, tinha que haver um trabalho anterior e interior. As organizações podem proporcionar todas as condições para que os seus colaboradores sejam felizes a trabalhar, mas no final, a verdade é que a felicidade é uma escolha individual e intransmissível. Nenhuma organização pode ou consegue obrigar ninguém a ser ou a sentir-se feliz, por muitas condições financeiras, de ambiente físico e psicológico que lhe proporcione.”
Criou a metodologia “Felicidade no trabalho para atingir a prosperidade”, que afirma ser um método centrado na evolução das pessoas e dos negócios de dentro para fora e tem por base quatro pilares: as Pessoas, a Liderança, Cultura & Ambiente e o Espaço Físico – fundamentais para o sucesso dos colaboradores e das organizações onde trabalham. “Se por um lado as Pessoas são a base de qualquer organização, sem as quais esta não existiria, por outro lado cabe às empresas e aos seus líderes criarem as melhores condições para que os seus colaboradores floresçam e dêm o melhor de si – mas isso só acontecerá se se sentirem bem e felizes consigo próprios (num primeiro momento) e felizes no ambiente e na cultura onde trabalham, reconhecidos e valoriza- dos. Tudo está interligado, em que a felicidade é o motor para a prosperidade, e esta a consequência natural. O Coaching de Alta Performance está claramente incluído nesta viagem, com vista a resultados acima de média e de forma consistente, e em que todos saem satisfeitos.”, explica.
Por entre o trabalho que faz com pessoas e para pessoas, oferece três programas, uns mais completos que outros, como explica:
• o BASIC – em que o(a) interessado(a) tem a oportunidade de saborear alguns dos pilares do coaching de alta performace através de uma sessão estratégica. Com base nessa “prova”, o(a) candidato(a) a coachee decide se quer avançar para o processo ou não.
• o CLASSSIC – um conjunto de 12 sessões individuais (online, presencial ou híbrido) com a duração de 3 meses, com foco em temas basilares do coaching de alta performance e de outros, adequados a cada coachee em concreto, com ferramentas práticas que podem ser utilizadas no dia-a-dia e que fazem toda a diferença. Trata-se da mesma metodologia que aprendi com a Susana Torres e que a Susana aplicou com o Éder e com todos os seus clientes. Acredito totalmente no processo, não só porque já passei por ele e senti directamente os resultados, mas também porque vejo a transformação e sinto todos os meus coachees felizes no final das 12 sessões, o que é muito gratificante. Afinal, os resultados dos meus coachees, são os meus resultados – não pode haver melhor cartão de visita.
• O PLUS – com o mesmo conteúdo do CLASSIC, adicionado de uns extras.
Além do trabalho, que desempenha eximiamente, também é Mulher, Mãe e tem uma vida para viver e cuidar em off. Questionada acerca do ponto de quilovolts que encontra entre todas as facetas que tem, admite: “As ferramentas de alta performance incluídas nos programa são uma grande mais valia, pois eu aplico-as em mim primeiro e sei da sua eficácia. Confesso que em vez de equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, gosto mais da expressão em inglês de “work life blend” – a vida não é estanque. Somos a mesma pessoa no ambiente pessoal e profissional – quer nos desloquemos ao escritório físico ou não. Tudo o que se passar na vida pessoal ou profissional de cada um, vai necessariamente influenciar ou repercutir-se na “outra” vida. Há muitos anos que deixei de trabalhar das 9 às 17 e ter esta liberdade de poder gerir o meu tempo é das coisas que mais me faz feliz no trabalho e da qual já não prescindo: se para ir levar e buscar os meus filhos à escola, acompanhá-los às actividades extracurriculares ou estudar com eles tiver que trabalhar ao fim de semana ou à noite, é algo que não me preocupa, até porque adoro o que faço e não o encaro como obrigação, mas é antes um verdadeiro prazer. A minha cabeça está sempre em funcionamento e vou buscar inspiração para posts, exemplos durante as sessões, etc em coisas tão díspares como uma música, um filme, um acontecimento com os meus filhos, algo que vi na rua, etc.”
Assim, enquanto mulher com uma carreira bem sucedida, deixa algumas digas que considera fundamentais: “Começaria por reiterar para nunca deixarem de investir em si póprias – é importante estarem sempre actualizadas. Também não deixem de sonhar e de perseguir os vossos sonhos. Como diz a Susana Torres, “o impossível é apenas algo que ainda não sabe como alcançar”. Rodei-se também das pessoas certas e partilhe os seus sonhos – só assim poderá encontrar alguém que a possa ajudar.”