O MAIS IMPORTANTE É SENTIR QUE ESTOU A CONTRIBUIR

Inês Sá Dantas
Sempre gostei de desafios. Fosse passar noites a fazer um puzzle maior que o anterior, desmontar e montar eletrodomésticos em casa ou arriscar conseguir algo que ninguém queria tentar. E ter desafios diários no meu trabalho é algo que contribui muito para a minha motivação e empenho.

 

Mas sei hoje que, sentir-me realizada, vai para lá dos desafios. Com o passar do tempo tenho vindo a entender que há outras áreas nas quais quero ter um papel relevante e sem as quais o meu contributo não está completo. É isso que quero partilhar hoje convosco: como é que o trabalho convive com contributos para o desenvolvimento da sociedade, com o voluntariado e com a família. A minha realização vem do meu papel em todas estas frentes.

Hoje, como gestora de clientes na SAP Portugal, sinto-me constantemente desafiada. Vejo o trabalho como uma moeda de duas faces: por um lado a responsabilidade de contribuir para o crescimento da empresa, por outro a oportunidade de aprender e ganhar mais competências.

Na SAP, mais de 100.000 pessoas colaboram a partir de 140 países para ajudar as empresas a gerir eficientemente os seus processos de negócio, contribuindo para a posição da SAP como líder de mercado de software de aplicações empresariais. É um ambiente único para aprender e contribuir.

Diariamente lido com grandes empresas portuguesas e estabeleço a mim própria como principal objetivo compreender os desafios que têm. Se até há pouco tempo desenvolvi a minha atividade sempre na área da saúde, tenho agora a oportunidade de conhecer outras indústrias e alargar as minhas áreas de saber. Ouvir e entender é a base para desempenhar bem o meu trabalho: vejo-me como um filtro da SAP perante os nossos clientes – e esforço-me por só lhes fazer chegar aquilo que os vai ajudar nos seus de- safios, evidenciando o valor a atingir. Fazendo-o bem, sei que estou a contribuir para um crescimento mais ágil das empresas com quem tenho a oportunidade de trabalhar.

E contribuo com as competências que adquiri no caminho. Sinto que os últimos dois anos foram anos de enorme desenvolvimento pessoal, a vários níveis. E o maior contributo para esse crescimento tem sido a diversidade das pessoas que encontrei na empresa e a sua competência nas respetivas áreas, que me proporcionam diariamente novas perspetivas sobre vários temas.

Um padrão que identifico nos meus desafios profissionais é que resultam, invariavelmente, de ter estado sempre disposta a correr riscos e a ousar – mesmo que muita vezes sem sucesso –, aprendendo sempre. E o conhecimento é a fundação na qual me permito arriscar continuamente.

Por isso, olho para trás e vejo que o meu caminho se desmultiplica em inúmeros ciclos de aceitar novos desafios, consolidar novas aprendizagens e ganhar a capacidade de dar novos contributos. Contributos esses que não se restringem ao trabalho, mas também nas outras frentes da minha vida como sejam a participação em projetos que contribuem para o desenvolvimento da sociedade e em atividades de voluntariado – procurando trazer mais igualdade à sociedade.

Numa primeira vertente, colaborando com a Escola Nacional de Saúde Pública e fazendo parte do Grupo de Trabalho para a Gestão da Informação em Saúde da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares. Aprofundo os meus conhecimentos através da investigação e discussão de temas ligados à integração de cuidados e digitalização em saúde, procurando ter um papel ativo no desenvolvimento desses temas na nossa sociedade.

Numa segunda vertente, faço por desenvolver sempre uma atividade de cariz voluntário, porque acredito que isso promove oportunidades mais iguais para todos. À data desenvolvo voluntariado num agrupamento de escolas, apoiando crianças do 2.º ano cuja aprendizagem beneficia com atenção dedicada. O voluntariado dá-nos uma perspetiva importante de que nem todas as vidas são como as nossas, e torna-nos mais gratos por tudo aquilo que temos – e é algo de que não quero abdicar na minha vida.

Vejo estes dois contributos como indispensáveis a sentir-me realizada. Para mim todas estas iniciativas se constroem umas sobre as outras, desenvolvendo pontes entre todas as áreas da minha vida. Conseguir manter todas estas frentes ativas é o maior desafio que tenho – como mãe, mulher, filha, empreendedora, colega, voluntária e amiga.

Observando todo o meu percurso, apesar do arriscar frequente, do ousar falhar, do dar passos ao lado e atrás antes de voltar a dar passos para a frente, nunca me faltou o chão. Sei que em todos os momentos foi a sólida estabilidade familiar que me permitiu arriscar. E sei que é a família que me cria as condições para continuar a desafiar-me a mim mesma e a chegar onde cheguei.

No fim do dia, tenho três filhas maravilhosas que quero que cresçam a respeitar o mundo e a ousar fazer diferente. E quero ser sempre um exemplo.