No Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia, conheça 5 Mulheres que tanto têm lutado por esta causa, em todo o Mundo

Hoje, dia 17 de maio, celebra-se o Dia Internacional contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia. A comemoração assinala a data em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) deixou de classificar a não-heterossexualidade como uma doença e um problema relacionado com a saúde.

Num dia que serve de reflexão acerca daquilo que deve ser o respeito pela diferença e daquela que tem vindo a ser a luta da comunidade LGBTQIA+, destacamos alguns nomes de Mulheres que têm manifestado um papel ativo no combate à discriminação, por todo o mundo.

 

1- Ly Yinhe

Ly Yinhe, socióloga, sexóloga e ativista chinesa, tem lutado por uma sociedade onde atividades sexuais menos convencionais, desde que consentidas, devem ser aceites. Yinhe defende, por exemplo, a descriminalização de orgias, de pornografia e da prostituição na China, sendo que tem vindo a fazer da luta pela legalização do casamento homossexual uma das suas maiores bandeiras.

Até à data, Ly tem submetido várias propostas no sentido de legalizar o mesmo, no entanto tem visto as suas ideias serem sistematicamente chumbadas, desde 2003. Reformada daquela que, outrora, era a sua ocupação principal, ser professora e pesquisadora universitária, atualmente encontra-se a escrever um livro acerca daquilo que são práticas sexuais transgressivas.

2- Vladimir Luxuria (Itália)

Vladimir Luxuria fica marcada na história como a primeira transgénero no continente europeu, que se tornou membro de um parlamento. Num cargo político que deu que falar, por ser a primeira vez que tal acontecia, “Vladi”, como é popularmente conhecida, é, hoje em dia, atriz, escritora e apresentadora de televisão.

Apesar de nunca se ter submetido a nenhuma operação que permitisse a troca efetiva de sexo, Vladimir Luxuria vive como uma Mulher, ainda que legalmente continue a ser um homem. Num percurso que se tem destacado pelo seu cariz humanitário, a ex-parlamentar organizou, em Itália, no ano de 1994, a primeira parada de orgulho LGBTQIA+ que o país alguma vez tinha visto.

3- Kasha Jacqueline Nabagesera 

Kasha Jacqueline Nabagesera tem sido um dos principais rostos naquela que é a luta no Uganda, contra a homossexualidade, onde a mesma é ilegal. Kasha dirige e fundou a organização Freedom & Roam Uganda, que combate a discriminação de gays, lésbicas, bissexuais, transgéneros e intersexuais num dos lugares mais intolerantes do mundo.

À custa do seu trabalho, Kasha tem sofrido todo o tipo de ameaças, o que levou a que, por uma questão de proteção, tivesse de encerrar o seu bar na cidade de Kampala, o único estabelecimento abertamente LGBT do país. Mesmo assim, Nabagesera não desiste de continuar a promover a conscientização da população sobre esta temática, tornando-a assim mais visível num contexto onde é difícil fazê-lo.

 

4- Cyndi Lauper

Cyndi Lauper sempre foi associada aos seus looks excêntricos e por ter sido uma das grandes figuras do mundo da música, principalmente nos anos 80. Num percurso de bastante notoriedade em termos profissionais, Cyndi destacou-se também pelo seu papel ativista, naquela que é a defesa à comunidade homossexual.

No caso de Lauper, a ligação com a comunidade LGBTQIA+ é bastante direta, na medida em que a sua irmã é homossexual, o que sempre suscitou na cantora norte-americana um sentido de justiça social bastante apurado.  Tendo sido consagrada nos anos 80 com os temas “Girls Just Want to Have Fun” e “Time After Time”, foi o tema “True Colors” que se tornou num dos hinos da comunidade gay.

 

5- Robeyoncé Lima

Robeyoncé Lima tornou-se a segunda mulher transsexual no Brasil a ser reconhecida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pelo seu nome social e também a primeira advogada trans do Norte e Nordeste.

Desde o ano de 2013, que a advogada reivindicava que esse direito lhe fosse concedido. Formada em direito pela Faculdade de Direito do Recife, a advogada também integra a Comissão de Diversidade Sexual e Género da OAB de Pernambuco.