Falar em liderança feminina continua a ser um tema muito atual, o que de certa forma permite ampliar a nossa rede, crescer e conectar em constante aprendizagem, rumo a uma sociedade mais igualitária. A percentagem de mulheres nos conselhos de diretores das empresas portuguesas é, em média, de 22%, de acordo com o estudo Achieving Gender Balance in leadership da consultora McKinsey, 2018. Mais importante que os números é identificarmo-nos com algumas das muitas competências de liderança que são a essência do bom funcionamento organizacional.
Posso escolher duas ou três competências, a atitude, leva-nos a agir, concretizar, o gene da generosidade, ficarmos felizes com as vitorias e sucessos dos que nos envolvem e uma terceira, a liderança digital que é estimulada por um fenómeno situacional, dinâmico, alavancando à reputação, influência e relevância de cada colaborador ter capacidade de dar resposta aos diferentes desafios que lhes são colocados diariamente.
Em Portugal, desde 2013 as microempresas representam, em média, 96,2% das empresas, as pequenas 3,2%, as médias 0,5% e as grandes 0,1%. Em 2018, o total de empresas PME era de 1.294.037, 1.244.495 das quais micro, 42.581 pequenas e 6.961 médias. Em 2019, em resposta às necessidades e ao contato diário com as PMEs. lancei um desfio a mim própria, fazer nascer uma rede para empresários, criação de novos produtos e gerar diferenciação no mercado.
A RE foca sua liderança de forma colaborativa e com objetivos claros: a partilha do conhecimento, novos projetos, estudos, inovação para o desenvolvimento e manutenção de produtos ou serviços, e gerar meios que facilitem e promovam o diálogo entre a Indústria, a Academia e o Governo.
A Rede do Empresário é uma plataforma digital internacional, com uma equipa de talentos multidisciplinar, com mais de 7000 empresas aderentes, em Portugal, Brasil, Espanha e no continente asiático. E, como todas as redes, a RE diversifica muito as suas atividades, de que são exemplo o apoio à estratégia, vendas e comercialização, comunicação, internacionalização, formação, eventos, entre outros.
Adicionalmente, temos o nosso “produto de excelência”, e no qual, durante este último ano, grande parte da equipa se focou: o desenvolvimento das BSNs (Business and Science Networks), que integram grupos de trabalho colaborativos que se juntam para partilhar conhecimento, desenvolver projetos, garantindo interatividade, atividades e iniciativas ao longo do ano. Para isso, cada grupo de trabalho tem uma agenda anual de atividades.
As áreas dos BSNs integram as SmartCities, Educação e Formação, Sustentabilidade e Responsabilidade Corporativa, Turismo e Enoturismo, Inovação e Tecnologia, Economia Azul, Sector Automóvel, Sector Alimentar, Humanitário, Direitos Humanos e Reconciliação e, por último, Cultural.
As BSNs têm como objetivo promover o diálogo entre o sector público e privado, a partilha do conhecimento e do saber académico, das boas práticas, de fóruns de debate, a investigação e estudos académicos de impacto, a formação, a par da exploração de novos modelos e abordagens para as questões globais, oferecendo uma orientação abrangente sobre as expectativas económicas para os diferentes sectores de atividade, a nível nacional e internacional.
Em resposta aos novos desafios da Liderança feminina a RE lançou um programa para o próximo mês de janeiro, dias 12 e 13, WOMAN OPENNING LIVING LABS que aborda questões de liderança que afetam todos os executivos, num fórum que se centra nos desafios únicos que as mulheres enfrentam.
A RE leva a uma nova forma de compreender a dinâmica dos negócios e do trabalho. Atualmente assistimos a uma nova forma de pensar e agir nas empresas. É preciso estar aberto ao conhecimento coletivo, a construir uma estrutura de relacionamentos dentro e fora das empresas. Conetividade e não competição. Os negócios em rede são o talento de saber partilhar.