O seu nome é Maria Cristina Cardoso e diz ser uma pessoa de pessoas. É uma mulher de vários ofícios: é mãe, economista, formadora, coach, mentora, palestrante, e conta com mais de 20 anos de experiência na formação de centenas de profissionais em várias empresas.
Maria Cristina Cardoso cresceu rodeada por números, num ambiente ligado à Banca e às empresas, onde esperava um dia fazer parte. Conta que sempre foi “uma pessoa curiosa, que gostava de matemática, interessada em conhecer como funciona a sociedade”.
É aí que entra o curso de Economia. Licenciou-se na Nova School of Business and Economics e integrou um projeto de formação bancária na área de Economia e Bancos, no Instituto de Formação Bancária. Integrou mais tarde uma Instituição Bancária onde investiu mais de duas décadas da sua vida neste setor, onde, com empenho e motivação, atuou em várias vertentes, como planeamento, crédito especializado e marketing.
Paralelamente, a paixão pela formação foi crescendo e ganhando forma. Em todos estes anos trabalhando e gerindo equipas, formando pessoas e lidando com os seus sonhos e dores, Maria sentia que um dia o seu sonho passaria “por ajudar pessoas a tornarem-se em verdadeiros agentes de mudança da sua vida e de outros.” Mas a vida fez o que sabe fazer de melhor e trocou-lhe as voltas. Quando Maria Cristina Cardoso não ouviu o seu corpo, o sonho tornou-se realidade mais cedo do que seria suposto.
“Impressionante como, na altura, não somos capazes de perceber os sintomas, não sentimos que estão a piorar e nada fazemos, só porque temos paixão pelo que fazemos e temos sempre outras prioridades, que não somos nós”.
Foi assim que teve um burnout e precisou de tirar o pé do acelerador. Já depois dos 50 anos, como acontece com tantos outros, Maria deixou para trás uma vida profissional estável, que adorava, para se reinventar. Com a sua experiência, formação contínua, família e amigos, abandonou a sua “zona de conforto para dar início a uma nova etapa de crescimento” que, atualmente, diz não ter data limite.
Mas para poder intervir e acompanhar empreendedores, a solução passava pela certificação em Coaching. Assim, em 2016, obteve o certificado, o que permitiu que se mantivesse a trabalhar com vários organismos (como o Turismo de Portugal, Iapmei, Anje e Associações de Empreendedorismo Feminino). Entretanto, certificou-se também como Instrutora Online, quando o mundo se viu obrigado a trocar o presencial pelo online.
Possui ainda outras certificações, como Inteligência Emocional, pois é da opinião que a formação em áreas complementares é fundamental para exercer o seu trabalho.
Na formação, o formador tem como preocupação: aportar e transmitir o conhecimento e capacidades em formato teórico e/ou prático, com o objetivo de melhorar o desempenho profissional dos formandos, fazendo perguntas mais dirigidas e gerindo a dinâmica do grupo. No coaching trabalhamos diretamente com a pessoa, ajudando-a a desenvolver as competências para atingir um objetivo pessoal ou profissional específico, através de treino e orientação.
Maria Cardoso não esconde que o Coaching foi determinante para ganhar uma nova visão do mundo que a rodeia. “Ser Coach permitiu-me conhecer pessoas fantásticas, histórias de empreendedorismo e de liderança extraordinárias, verdadeiros exemplos de luta, sobrevivência, adaptação, criatividade, inovação que temos espalhadas ao longo do nosso país”, conta. Gostaria muito de um reunir todas estas histórias num livro, pois crê que “deviam de ser contadas, porque inspiram e poderão ser um exemplo para outros”.
A dedicação e entrega de Maria Cardoso culminaram no nascimento do seu mais recente projeto, a Lead Your Business. Lead Your Life. Atuando na área do Coaching de liderança, a proprietária acredita que “liderança é um desafio, mas também uma oportunidade de fazer a diferença, de inspirarmos, de nos sentirmos transformados, […] de fazer crescer outros e de trabalharmos a excelência de cada um”.
Assim sendo, com a sua marca, Maria Cardoso pretende mostrar que o Coaching assume uma importância no alinhamento de equipa e também com o líder. Evita conflitos, traz motivação e gera confiança na forma como as pessoas se relacionam, constituindo uma vantagem para qualquer negócio. O alinhamento que se consegue tem impacto na produtividade e nos resultados, pois aumenta o autoconhecimento, a confiança e autoestima, o que torna a equipa mais coesa.
Mas todo este alinhamento, melhoria da performance e resultados devem ser construídos sobre algo fundamental: a cultura empresarial. Maria Cristina Cardoso afirma que a
“cultura de uma empresa é equivalente à personalidade ou caráter para nós”.
Está relacionado com a forma como a mesma lida com os seus colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros, bem como o ambiente de trabalho que se vive, e está intrinsecamente ligada ao seu sucesso como líder.
A Coach julga que “nesta era de turbulência e mudanças rápidas, não vão ser os negócios mais fortes que vão sobreviver e prosperar”, mas sim os que melhor se adaptarem às exigências do mercado. Por isso mesmo, na Lead Your Business. Lead Your Life, é defendida a ideia de que “liderar é uma atitude que se treina e desenvolve”.
Trabalhar esta atitude, com foco na pessoa como indivíduo e a sua estruturação como líder, está na base da marca. O projeto disponibiliza programas vocacionados para liderança pessoal (com predominância na liderança feminina), de negócios e de equipas. Em qualquer dos casos, a prioridade é realizar um acompanhamento personalizado da jornada do cliente. Este pode ser feito de forma presencial ou online, e há ainda a possibilidade de uma mentoria, que pode ser efetuada individualmente ou em grupo.
Tudo começa com um diagnóstico inicial e uma reunião com o cliente, para apurar o melhor programa a indicar, atendendo às necessidades e objetivos. Para Maria Cristina Cardoso, “re-humanizar terá de ser cada vez mais a palavra-chave na gestão de pessoas e isso tem de se refletir nas nossas empresas”. A liderança humanizada é aquela que assenta na preocupação, comunicação, incentivo e valorização.
Este tem sido o foco dos programas do projeto de Maria Cardoso, que, quer a nível pessoal, quer a nível empresarial, têm contribuído para tornar lideranças mais assertivas, transparentes, com foco e determinação, partilhando as suas vitórias, assim como os seus receios. “Re-Humanizar passa por não tentar mudar ninguém, mas conseguirmos influenciar o ambiente à nossa volta e os outros através das nossas atitudes, de tratar as pessoas como devem ser tratadas, e de saber o que posso fazer diferente para melhor”, admite.
Nos dias que correm, com a crescente competição no mercado e a necessidade de inovação e adaptação constante, os líderes reconhecem no Coaching uma ferramenta poderosa e estratégica para o crescimento e sucesso das empresas. Independentemente a dimensão do negócio, a missão nunca se altera: “trazer ao de cima os dons que cada membro da equipa tem escondidos dentro de si”.
Ao longo da sua vasta carreira, Marian Cristina Cardoso já desempenhou várias funções em vários cargos. Conta que “têm sido muitos os desafios, desde sair completamente da zona de conforto, enfrentando medos, incertezas, emoções, até sobrecarga de trabalho”.
Não deixa de lado a gestão de tempo entre vida pessoal e profissional, salientando que frequentemente “esquecemo-nos, mas o tempo é o nosso ativo mais importante e um dos grandes desafios para quem lidera um negócio ou uma equipa. Conseguir equilibrar a vida pessoal com a profissional tem tudo a ver com gerir prioridades, […] com o sabermos distinguir o que é importante do que é urgente”.
Para Maria Cristina Cardoso, a chave para uma verdadeira liderança é a relação que o líder constrói com os seus colaboradores, “tendo como base a tríade: delegar, melhorar a comunicação e multiplicar o sucesso”.
Assegura ainda que a mudança do paradigma dos líderes do “eu” para o “nós” é o caminho que tem de continuar a ser trilhado. Maria Cristina Cardoso já trabalhou com muitas mulheres empreendedoras e em cargos de liderança, e por isso garante que “as empresas que apostam numa diversidade nos níveis de liderança, apresentam uma vantagem estratégica em relação a outras”. O papel das mulheres em posições de destaque vai além de números estatísticas, é uma realidade que transforma a cultura organizacional, tornando-a mais inclusiva, respeitosa e humanizada.
Na prática, a liderança feminina tem demonstrado ser mais eficaz, graças a competências que lhe são naturais, como a de conciliar várias tarefas e uma maior empatia. Contudo, Maria Cardoso ressalta que “tornar-se líder pode resultar de uma oportunidade, manter-se líder exige um propósito”. Infelizmente, a coach acredita que as mulheres, na sua grande maioria, subestimam-se, atribuindo muitas das vezes o seu sucesso não a ela mesmas, mas a fatores externos. “É preciso trabalhar o seu amor próprio e encontrar o seu equilíbrio pessoal. Só se comparem a elas mesmas e aprendam a celebrar as suas vitórias.
“O sucesso de cada mulher deve ser uma inspiração para todas”, sublinha Maria Cardoso