Transformar as comemorações dos 600 anos do descobrimento do Porto Santo e da Madeira num projeto que seja transversal à toda a sociedade e que envolva, ativamente, a população residente, a diáspora madeirense e os turistas que nos visitam, nos seus vários momentos, com particular enfoque em 2018 e 2019. É esse o objetivo do Governo Regional da Madeira e é nessa lógica que decorrem os trabalhos para uma celebração que se espera «memorável, vivida e altamente participada». E isto porque, conforme explica a Secretária Regional do Turismo e Cultura, Paula Cabaço, «a cultura só atinge o seu verdadeiro alcance e propósito se chegar às pessoas, se for partilhada com interesse, atenção e responsabilidade entre todos», numa proximidade que deve reforçar-se neste e em todos os eventos e iniciativas que venham a ser desenvolvidos, durante este período.
A importância desta iniciativa não se esgota, todavia, na perspetiva cultural. Trata-se de uma celebração que pode e deve sustentar a necessária e fundamental projeção e afirmação da Madeira, enquanto destino turístico e cultural, sendo esta uma oportunidade para que, simultaneamente, se valorize e divulgue, através da cultura, do património e de diferentes expressões artísticas, 6 séculos de uma história que merece ser conhecida e reconhecida, globalmente.
No país, o Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, acolhe, até ao próximo mês de março, a Exposição “AS ILHAS DO OURO BRANCO – Encomenda Artística na Madeira – Séculos XV-XVI”, iniciativa que serviu para antecipar estas comemorações.
Uma exposição que apresenta cerca de uma centena de obras de arte, entre pintura, escultura, ourivesaria e artes decorativas, dos séculos XV e XVI, através da qual se mostra um período de prosperidade económica sem precedentes em que viveu a Madeira com base no açúcar, então conhecido como “ouro branco”.
Peças que se encontravam em diferentes locais da Região e que, graças à excelente parceria estabelecida com as diferentes entidades emprestadoras, designadamente, a Diocese do Funchal, Fábricas Paroquiais e Museu Diocesano de Arte Sacra, são agora apresentadas ao público.
A presença da Madeira nesta Exposição reforça e valoriza a sua abertura ao mundo e permite que a história deste território e, particularmente, do papel pioneiro que assumimos no ciclo da globalização, ganhe uma maior projeção e notoriedade, não apenas junto de todos os portugueses mas, também, dos milhares de turistas que frequentam o Museu Nacional de Arte Antiga, com os quais também desejamos celebrar esta efeméride.