“Dezembro, o mês para fazer balanços e traçar objetivos para continuar a liderar”

A Ana aceitou logo o nosso convite, sem reticências. Foi um orgulho tê-la connosco, em destaque na nossa primeira edição.
Ana Viriato, conhecida por ser apresentadora do programa de moda “What’s up – olhar a moda”, na RTP2.
Quando terminou o curso em educação física e dava aulas de fitness, em vários ginásios, decidiu apostar no seu próprio negócio. Ao fim de 11 anos, o Chillout, em Grandra, continua a ser um sucesso.

“A sociedade valoriza o profissionalismo, mas só quando todo um processo de avaliação de imagem foi feito.
Infelizmente, as mulheres sofrem por não corresponderem ao estereotipo de beleza imposto pela sociedade ou por serem demasiado bonitas e atraentes. Se são bonitas , são classificadas como pouco inteligentes e que certamente conseguiram o trabalho, porque têm um caso com o patrão. Se são menos bonitas ficam em posições menos expostas e acabam por exploradas. O profissionalismo normalmente só é reconhecido, se as mulheres forem persistentes e resistentes a todos os obstáculos que lhe são impostos nas suas carreiras.”

Seguiram-se outras mulheres de renome, com projetos consolidados em várias áreas da nossa sociedade. Sentimos o orgulho das suas histórias. Sentimos o orgulho de cada sucesso.
Demos voz à opinião, aos conselhos. Procuramos as nossas mulheres. Valorizamos cada protagonista, procurando a inspiração para as mulheres que nos visitam em https://liderancanofeminino.org/ na nossa página de facebook “liderança no feminino” ou no nosso instagram.

 

A Susana Torres foi um grande contributo para a grande vitória da Seleção de Portugal, no Europeu de França. 

Susana Torres

 

 

 

“Ser coach de Alta Performance era algo que eu queria há bastante tempo, no entanto acreditava que para exercer esta profissão e ser levada a sério, teria que preencher alguns requisitos. Talvez fosse importante ter uma carreira de sucesso, ser casada, ter filhos, e ter para cima de 30 anos. No fundo, era apenas um conjunto de crenças que eu tinha, e que me faziam acreditar que para trabalhar ao mais alto nível, com CEO´s de empresas e atletas de alta competição, teria de deixar de parecer uma “miúda” e mostrar alguma credibilidade. A verdade é que estas crenças acabaram por me condicionar o percurso profissional, e acabei por casar, ter três filhos, ser subdiretora na banca, e ganhar assim a preparação necessária para abraçar o meu sonho de transformar a vida das outras pessoas”.

 

Foram precisos 192 anos para que uma mulher chegasse ao cargo de diretora de uma faculdade. Falamos com diretora da Faculdade de Medicina do Porto Amélia Ferreira.

Amélia Ferreira

“Simplesmente porque as mulheres precisam de mais tempo para demonstrar o elevadíssimo nível de competências necessário para concorrer com os seus companheiros para os cargos de poder. Contudo, é importante referir que esta “tendência” tem vindo a mudar. Embora seja um cenário que ainda está longe de atingir a paridade, cada vez mais encontramos empresas e instituições onde a liderança é feita no feminino.

O caminho a seguir deve passar, essencialmente, por promover a igualdade de género. As mulheres não precisam de discriminação positiva, mas sim de igualdade de oportunidades. O reconhecimento deve nascer do mérito, do esforço individual e das metas alcançadas – independentemente de se tratar de homem ou mulher.

A ciência tem hoje grandes nomes mulheres na liderança de grupos de investigação. Na política, uma área onde os homens foram, desde sempre, dominantes, vemos em termos mais mediáticos, de entre outras, Angela Merkel como chancellor da Alemanha, Theresa May como a “cara” do Reino Unido no Brexit e, nos EUA, estivemos perto de ver Hillary Clinton como primeira mulher a ocupar o cargo de presidente dos Estados Unidos da América.

Uma das mulheres que se destacam, Elza Pais, Deputada e presidente do Departamento Nacional de Mulheres Socialistas que fomenta a participação das mulheres na política, promovendo políticas de igualdade.
Elza Pais

O Departamento Nacional de Mulheres Socialistas (DNMS) tem como objetivo promover uma efetiva igualdade de direitos entre mulheres e homens, a participação paritária em todos os domínios da vida política, económica, cultural e social e uma intervenção paritária na atividade do Partido, numa perspetiva de respeito pelos direitos humanos, liberdades e garantias de mulheres e homens.Os desafios que hoje se colocam à promoção da Igualdade e Não discriminação e ao reforço da participação política das mulheres exigem alterações paradigmáticas profundas nas culturas das organizações e dos partidos e um novo modelo de organização social assente em novas relações sociais entre as pessoas e a sua interação com o território. É por isso que lutamos: politicas de Igualdade e paridade nas Lideranças Políticas.
O DNMS – Novas Lideranças é uma estrutura fundamental para promover um projeto transformador, assente em compromissos políticos e convergências alargadas de vontade que impliquem mulheres e homens na definição e cumprimento de uma Nova Agenda para a Igualdade e Não Discriminação. A sua modernização é fundamental para o reforço da participação política das mulheres e para que se combata o défice e os obstáculos que se têm colocado ao desenvolvimento do seu potencial de liderança.

 

Na Politica, destacamos a primeira mulher ocupar a Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro.

Luísa Salgueiro

Sempre teve objetivos bem definidos, mas a política aconteceu na sua vida por um acaso. Contudo, assumiu-a como uma missão. Sente-se muito próximo das populações mais vulneráveis – por isso envolveu-se em várias associações de cariz social, onde intervém como cidadã e como política. Desde 2005 é deputada do Partido Socialista na Assembleia da República. Integra várias Comissões Parlamentares, nomeadamente na área da saúde.

“O meu objetivo foi sempre ser advogada. Essa é a minha formação base. Depois de ter atingido o meu objetivo, que era ser advogada, comecei a participar no Conselho Consultivo da Juventude de Matosinhos, em 1993. Na altura, era necessário um representante de cada associação do concelho e eu era delegada do Futebol Clube de Infesta. Foi aí que comecei a contribuir para a programação das políticas da juventude e sempre fui interveniente e participativa, com opiniões muito próprias. Para surpresa minha, fui convidada a fazer parte da lista de candidatos e fui eleita vereadora em 1997. Desde aí, estive sempre ligada à vida política ativa”.

Na moda destacamos Katty Xiomara, iniciou o seu percurso no Portugal Fashion em 1996 ainda como estudante de Moda. É presença assídua nas edições nacionais.Participou também em algumas edições do Portugal Fashion Paris. Em 2005 iniciou a sua participação em feiras internacionais como a Bread & Butter, Berlim e Barcelona, e a Project, Las Vegas entre outras.

Katty Xiomara
Katty Xiomara

“Pessoalmente, continua a achar que a marca está ainda em fase de crescimento. Apesar de a marca Katty Xiomara estar já presente no panorama da moda nacional há quase 20 anos, a verdade é que só construi a minha equipa de trabalho há cerca de dez pelo que considero que é ainda possível crescer mais. É verdade que a marca possui um destaque mediático bastante relevante a nível nacional. No entanto, ainda não temos um mercado consciente e apostado em consumir marcas e produtos nacionais – nesta gama, pelo menos – e a marca estrangeira acaba por ganhar terreno. E está é a principal razão de nos direcionarmos para o mercado internacional, apesar da agressividade da concorrência e da dificuldade de implementação de uma nova marca, sem qualquer expressão mediática… No entanto, e mesmo tendo esta noção, os resultados são bem mais positivos e expressivos.”

No empreendedorismo, destacamos Rita Ferreira Licenciada em Biologia pela FCUL, especialista em Microbiologia.
Mestrada em Gestão Empresarial pelo INDEG/ISCTE.
Desempenhou cargos de Investigadora na Roche, Alemanha; Gestora de Produto de dispositivos médico-cirúrgicos para as especialidades médicas de Urologia, Ginecologia, Cirurgia Geral, na Divisão Ethicon da multinacional Johnson & Johnson Medical. Atualmente, é Diretora Executiva da empresa REDELAB, Diagnóstico Clínico, S.A. – Grupo Português de Laboratórios de Análises Clínicas.
Deputada da Comissão Barreiras aos Cuidados de Saúde do Health Parliament Portugal.
É Professora assistente da Universidade Católica de Microbiologia e Vogal da Direção da Associação Nacional de Laboratórios Clínicos (ANL).
Formadora de Consultoria de imagem do Atelier Styling Project by Pedro Crispim.

Rita Carmo Ferreira

Em 2015, Rita Carmo Ferreira fundou a Maison La Bohême, um espaço pensado para a mulher executiva. Neste espaço, podemos encontrar um conjunto de serviços, de forma a facilitar a vida da mulher.

 

“A moda sempre foi uma área de interesse pessoal, a vários níveis. É uma arte, um fenómeno social através do qual se pode denotar tantos aspetos da história e da cultura de um país. A moda é ainda um fenómeno cultural e económico.

A imagem há muito que passou a ser muito mais que um modo de estar e, felizmente, está a tornar-se cada vez mais importante e valorizada. Através da imagem, mostramos respeito pelo próximo e por nós próprios.
A imagem, a gestualidade, a comunicação verbal e a educação estão na ordem do dia e desejo que assim se mantenham. Tudo o que sejam manifestações de respeito pelo próximo, devem ser mantidas, estimuladas, promovidas e valorizadas.
Neste sentido, a abertura de portas da Maison La Bohême, em dezembro de 2015, foi o remate perfeito para realizar e concretizar esta minha paixão pela arte de bem vestir”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O nosso projeto de Liderança tem apenas sete meses de vida, mas queremos crescer. Queremos divulgar as melhores histórias, por detrás de cada sucesso. Queremos saber como é estar no topo. Queremos debater a promoção da igualdade de género.

Em 2018 vamos reforçar as parcerias, e participar em eventos de promoção e divulgação do empreendedorismo feminino. Esperando que 2018 seja ainda melhor! ESTAMOS JUNTAS!

Somos Liderança com as mulheres empresárias.