A história de Emília Alves começa muito antes de nascer, numa microempresa familiar, como tantas outras que se iniciaram com uma atividade comercial pouco estruturada, desenvolvida pelo pai de uma família de 4 filhos, e seu avô, na busca de uma vida mais confortável e na satisfação de fazer o que gostava: trabalhar por conta própria, como se dizia na época. O pai, tinha iniciado esta atividade ainda adolescente, rapidamente percebeu o poder da alavancagem e ainda muito jovem decide transformar esta atividade comercial, de compra e venda, num projeto empresarial industrial, que fez crescer ao longo de quase 4 décadas e que terminou em 1974, com a sua morte.
E foi aqui que cresceu; nos anos 60, no seio de uma empresa com 492 colaboradores, com um refeitório e uma creche, onde adorava brincar com as crianças da sua idade e a pensar que gostaria de trabalhar e aprender com o pai. A empresa fascinava-a: trabalhar com as pessoas e atraí-las para algo maior do que tudo o que se estava a fazer, exportar mais e, um dia, algo longínquo, poder dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo pai. Este sonho virou pesadelo e aprendeu a disciplina, resiliência e a flexibilidade, mas outro sonho foi crescendo: trabalhar em empresas e para as empresas, criar a minha própria empresa, ajudando os empresários a desenvolverem as suas competências, a sua visão, os seus projectos, na senda do crescimento e do lucro, que lhes vai permitir ampliar nas diversas dimensões daquilo que considera uma empresa: social e ambientalmente responsável, assente nas pessoas e no seu bem estar, e participando ativamente na comunidade em que se insere e nos mercados com quem trabalha. O lucro, enquanto imperativo ético da gestão, é o que vai permitir acelerar o negócio e a partilha com todos os seus stakeholders. Mas o mais importante numa empresa é, e sempre serão, as pessoas.
As empresas familiares, geradas e lideradas pela família, apresentam desafios acrescidos na vivência dentro da empresa, em que acredita que é possível , ainda que não seja fácil, separar a liderança e gestão da empresa, da vida própria da família, enquanto tal e, em particular, com o crescimento da mesma e das novas gerações que entram no seio e no negócio. Felizmente, temos muitos bons exemplos no nosso país de empresas que o fazem brilhantemente. Fácil? Indubitavelmente que não; mas é possível e os resultados são avassaladores. Daí o seu foco nas empresas familiares e nos seus desafios! E foi este propósito que a levou a criar o seu próprio projeto em 2021, ao lançar Emília Alves | Disruptive Business, depois de um ano verdadeiramente desafiante, 2020, a nível pessoal e da conjuntura mundial, no meio de uma pandemia, que se arrastava e com um fim incerto e difícil de vislumbrar. Todavia, a sua convicção de que nunca há um timing perfeito para fazer acontecer, e que se esperarmos por controlar todas as variáveis, só estamos a procrastinar e a perder oportunidades, levou-a a avançar, e o ano de 2022 é a prova disso mesmo. O ano começou com a certeza de que o caminho a percorrer poderia ser mais ou menos longo, mas que era o seu, que tinha preparado esta viagem com os stakeholders mais importantes; nomeadamente a empresa de marketing digital que a acompanha – Ativait/ Grupo Inovcorp – e com parceiros de há muito, com quem foi criando relações ao longo da sua vida profissional. Emília Alves acredita que a qualidade da nossa comunicação vai ditar a qualidade das relações que estabelecemos com os outros e o seu posicionamento assenta numa comunicação clara e assertiva com todos os seus stakeholders, na certeza de que o que a tinha trazido até ali, não era o que a levaria a partir de agora.
O seu foco assenta em 3 grandes pilares:
– Propósito: fazer a diferença nas empresas com quem trabalha e na vida dos Executivos que confiam no seu trabalho;
– Planeamento e implementação rigorosa, mas flexível;
– Criação de sinergias: colaboração em vez de competição.
A expectativa sobre o que 2022 poderia proporcionar, confrontou-se com a disciplina que a define e que a motiva a criar tempo diariamente para fazer tudo o que precisa e quer fazer. E se o primeiro trimestre foi dominado pela expectativa, a confirmação de que trabalhar as relações, investir em networking / connecting, proporcionaram resultados significativos logo no início do segundo trimestre, com uma motivação acrescida de quem faz o que gosta. Se a disciplina a define, Emília Alves considera que a liderança individual é a base do crescimento e desenvolvimento humano, na senda de um impacto significativo nos stakeholders, e em primeiro lugar, nos seus clientes, onde vai buscar energia diariamente. Acreditar que não há limites, a não ser o que impomos a nós próprios, é uma fonte de inspiração e motivação.
Acreditar que só controlamos o que depende de nós, que vivemos de acordo com os nossos valores, impomos e respeitamos os nossos limites, é um modo de vida. Acreditar que todos os dias podemos alinhar e calibrar a versão de nós próprios, na busca do que queremos ser, é crescer a par e passo. Acreditar que só através da flexibilidade ganhamos a capacidade de ser resilientes. Acreditar que as empresas são pessoas e que trabalhar com pessoas é um privilégio e uma missão. Acreditar que há tempo de fazer e tempo de soltar, de deixar para trás o que não nos convém. Acreditar que a gratidão é ter autoconsciência de que nada na vida é garantido e que temos de estar gratos pelo que temos e somos, diariamente. Acreditar que o homem é capaz de se superar diariamente. Acreditar que o que a trouxe até aqui, lhe dá a flexibilidade, resiliência e coragem para ir mais além. Grata por 2022, e por todos os que fizeram parte da sua vidal longo do ano, dá as boas-vindas a 2023!