Ana Canavarro é consultora, formadora e professora universitária. Apaixonada pelo conhecimento e pela inovação disruptiva que alimenta a alma. Iniciou carreira na advocacia e, posteriormente, trabalhou 13 anos em gestão de centros comerciais, onde desempenhou várias funções (marketing manager, specialty leasing manager, coordenação comercial). Foi ainda consultora de marketing digital, com foco em gestão de conteúdos e redes sociais e trabalhou em agência de comunicação, gerindo contas de marcas. Possui o título especialista em Marketing e é doutorada em Ciência Política e Relações Internacionais (com tese em Novos Media e Marketing Político), pós-graduada em marketing e em gestão empresarial, contando ainda com cursos e especializações em Digital Strategy, Marketing Digital de Moda e certificaçãointernacional em Storytelling.É autora do blog marketingdigitalretalho.com
Para mim, enquanto marketeer esta é a grande questão no mundo e nos negócios. Longe vão os tempos em que as empresas se distinguiam apenas pelos atributos dos seus produtos e serviços.
Na era tecnológica (da IOT, Big Data, inteligência artificial, machine learning, entre outras), os paradoxos são visíveis. O mundo tão perto e, ao mesmo tempo, tão distante. Nunca as pessoas ansiaram tanto por uma conexão verdadeira, humana e autêntica.
A fragilidade dos laços humanos de Bauman. Então, qual o equilíbrio certo entre Tecnologia e Humanização?
Depois de um ano como 2020, a empatia é uma habilidade fundamental que os profissionais de marketing precisam refletir para desenvolver o seu trabalho com eficiência. E isso significa uma visão holística e não apenas centrada em dados. Aliás, por alguma razão no mapeamento da jornada do cliente se consideram os sentimentos e expetativas da pessoa ao longo do seu percurso. Esta dimensão emocional deve ser considerada em todo o processo.
As pessoas que estamos a alcançar querem algo diferente de nós e do que tem sido feito. E para alcançá-los, precisamos, mais do que nunca, de ser humanos: ouvi-los e responder com conteúdo e experiências relevantes e valiosas.
Os estudos são claros: as pessoas preferem relacionar-se com marcas que sejam relevantes, úteis e pessoais.
Existem dois tipos de empresas: as transacionais (que tratam os seus clientes apenas como números) e as transformacionais. Estas visam, realmente, mudar a vida dos seus clientes fornecendo um produto ou serviço de qualidade e uma ótima experiência a acompanhá-lo.
As relações entre marcas e consumidores estão mais equilibradas do que nunca, por isso é fundamental trazer diálogo. A “humanização” nada mais é do que ouvir as pessoas, colocar-se no lugar delas e oferecer o que precisam. Quanto mais profundas são as necessidades dos consumidores, mais forte a conexão.