A coach e formadora no programa Liberty for Women, Anabela Possidónio, explica como pessoas em posições de liderança ou que pretendam alcançá-las podem desenvolver as suas capacidades para uma carreira profissional de sucesso.
As empresas são feitas de pessoas e entre estas estão os líderes de equipas, sobre os quais recaem as responsabilidades para conduzir o trabalho a excelentes resultados. É certo que este efeito depende das funções e da performance de todos os colaboradores, mas são as pessoas que ocupam posições de liderança que gerem o talento e a estratégia para tirar o melhor partido do mesmo.
Anabela Possidónio, coach e formadora no programa Liberty for Women – o programa desenvolvido pelo Conselho para a Diversidade, Equidade e Inclusão da Liberty Seguros na Europa para garantir a diversidade e igualdade de oportunidades de todos os colaboradores da seguradora – partilha cinco dicas para otimizar as capacidades dos líderes ou de pessoas que aspiram a essas posições.
1. Autoconhecimento: Antes de conhecermos quem integra a nossa a equipa, é muito importante começarmos por nós próprios e conhecermo-nos. Para sabermos onde queremos chegar e definirmos um plano de ação, temos de ter consciência dos nossos pontos fortes e dos pontos a melhorar. É importante ir revisitando estes pontos com regularidade, pois tal como o contexto muda, também nós nos ajustamos e evoluímos. Além disso, é importante sabermos o que é que verdadeiramente nos apaixona. Quando encontramos este elemento, conseguimos ser muito mais felizes e motivados, potenciando a possibilidade de termos sucesso no longo prazo.
2. Conhecer a equipa e potenciar o melhor de cada um: Os melhores líderes são os que têm a capacidade de entender as suas equipas e as pessoas que as compõem, assim como de extrair o melhor que elas têm para dar. A capacidade de se envolverem nos projetos ao lado das equipas, compreendendo os desafios e pensando em soluções em conjunto, é também um dos aspetos mais valorizados em pessoas em posição de liderança.
3. Comunicar eficazmente: Adotar um estilo de comunicação assertivo, em que o líder é capaz de comunicar as suas ideias e defender os seus pontos de vista, de forma segura, direta e calma, ao mesmo tempo que respeita os argumentos dos demais. É ainda importante planear o que se quer comunicar e organizar o discurso, utilizando um estilo próprio. Ser genuíno é crucial para se obter empatia do outro lado.
4. Gerir a inteligência emocional: O sucesso não advém apenas do intelecto, mas da gestão emocional – daí ser tão importante o autoconhecimento. Conhecer as emoções em cada momento (nos sucessos e nas adversidades), saber gerir aquilo que se sente, ter capacidade para auto motivar-se e esperar para tomar uma decisão mais ponderada, ter empatia para compreender as emoções dos outros e saber gerir o relacionamento com os colegas são cinco pilares fundamentais para identificar e gerir as emoções e ter capacidade para relativizar, num mundo em que tudo acontece a uma rápida velocidade.
5. Desenvolver a marca pessoal: Existe uma necessidade de as pessoas explicarem quem são, antecipando tudo aquilo que dizem de si quando não estão presentes. O certo é que não há quem nos conheça tão bem, o nosso trabalho, a nossa experiência e aquilo que temos para dar à empresa e à sociedade como nós próprios. A nossa marca pessoal deve, por isso, transmitir, quem somos, de forma consistente. Deve ter sinergias com a marca corporativa, mas sempre transmitindo a nossa especialidade e as nossas ideias. Porque aquilo que mais nos valoriza é o facto de que não há ninguém igual a nós.
Promover a liderança e dar visibilidade ao talento feminino é a base do Programa Liberty For Women que arrancou em abril deste ano.