Paula Mouta é bacharel em nutrição e estética, doutora em naturopatia científica e medicina tradicional e pós-graduada em nutrição oncológica. Tem várias formações complementares e de atualização do conhecimento profissional e pessoal em: saúde pública, combate à fome, nutrição funcional, nutracêutica, epigenética, saúde preventiva, naturologia clínica, perícia em saúde, introdução aos bio-materiais, alfabetização para a saúde, programação neuro linguística e hipnose clínica, design têxtil, contabilidade, migrações, asilo e refúgio na europa, segurança nutricional, bioética e qualidade de vida, envelhecimento ativo, sistemas coloidais em alimentos, desenvolvimento da genómica, gestão dos direitos dos doentes na europa, saúde e sustentabilidade ativa, atenção integral e integrada de pessoas com enfermidades avançadas, gestão hospitalar e selo de sustentabilidade social e estratégias ODS.
O meu prazer pela escrita tornou-se na minha melhor versão de comunicação para ensinar e orientar cada pessoa sobre os efeitos dos fatores de influência epigenética social e comportamental na nossa saúde. Outra das minhas abordagens é usar toda a informação pertinente e ensinar o que é a saúde preventiva ou prevenção primordial. Esta é sem dúvida a forma que escolhi para multiplicar todo o conhecimento alcançado pelos estudos e pelo que evolui enquanto profissional e também no acompanhamento de cada doente que se confia a mim e à minha equipa.
É, acima de tudo, uma maneira de educar através da informação, feita num discurso simples e acessível a qualquer tipo de leitor, para que cada conteúdo possa ser compreendido e assimilado. Sobretudo ser capaz de usar as experiências como um exemplo, porque todos somos habitantes de uma máquina fantástica chamada “Corpo Humano”. Este nosso habitáculo tem o poder incrível de se restaurar, basta para isso sabermos lidar dia a dia com os estímulos adequados para que se preserve a qualidade de vida e o bem-estar.
Em 2015, a investigadora Isabel Loureiro, do Departamento de Estratégias em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa, escrevia um artigo para publicação digital, na “Revista Portuguesa de Saúde Pública”, onde expõe que todos os cidadãos, devem também assumir a responsabilidade de serem agentes de saúde, num coletivo social de responsabilidade com o meio que os envolve e consigo mesmos.
Isto porque ao abordar nesse artigo o papel relevante da literacia em saúde, a autora, considera que esta deve envolver todos os setores e desempenhos de forma a educar, informar e gerar melhores condições sociais, profissionais e de qualidade de vida.
A investigadora justifica a sua apresentação, explicando que “…sendo um direito dos cidadãos a literacia em saúde tem, também, um forte impacto económico…”
É um importante determinante da saúde e da qualidade de vida e, reflete as desigualdades sociais. Incorpora fatores psicológicos (como a motivação e a perceção de autoeficácia), sociais e ambientais que influenciam as escolhas e os comportamentos relacionados com a saúde.
Esta forma de comunicação pode ser básica e funcional, focada numa compreensão simplista de ler e escrever, de forma a ser usado o conteúdo em ações que permitam as atividades do dia-a-dia, como é o caso das bulas dos medicamentos, ou apenas lavar as mãos de forma adequada para evitar a cumulação de germes.
Numa definição mais rebuscada, pode ser também uma capacidade analítica e crítica de competências cognitivas, que transforme a informação e faça dessa ferramenta uma forma de exercer maior controle sobre diversas situações da vida, como foi o caso da informação de domínio dos meios de comunicação social relacionada com as orientações de vários especialistas em saúde e políticas públicas, durante a pandemia de 2020-2021.
Na definição dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é possível definir literacia em saúde como “o grau em que os indivíduos têm a capacidade de obter, processar e entender as informações básicas de saúde para utilizarem os serviços e tomarem decisões adequadas sobre saúde” e é destinada a toda a população independente do grau de ensino ou da profissão.
Exposto este tipo de esclarecimento, sobre a relevância da informação de domínio público em saúde e qualidade de vida, passarei a trazer-vos mensalmente conteúdos sobre os fatores de influência epigenética que determinam e interferem na vida de todos nós, afetando a maneira como comemos, trabalhamos, convivemos e a forma como afeta qualidade do sono e do metabolismo funcional do ritmo circadiano.
É urgente avaliar e considerar uma outra visão de atuação e eficácia para um futuro com mais inovação e uma prevenção sustentável pela vida e pela saúde de todas as populações no mundo. A disseminação dos valores da cultura de saúde sustentável, é imprescindível para que a sociedade possa construir um novo paradigma de desenvolvimento.