POST VACATION BLUES

O fim do mês de agosto significa também o fim das férias e o regresso à rotina – o que, para muitos, pode ser motivo de stress. O fenómeno conhecido por post vacation blues ocorre com o regresso à vida normal após um período de férias e afeta entre quatro em cada dez pessoas.

 

Esta síndrome caracteriza-se por sintomas como falta de motivação para realizar tarefas de rotina, fadiga e alterações de sono, que surgem com o fim das férias.

Portugal é o terceiro país com maior nível de stress da Europa, segundo um estudo desenvolvido pela Eachnight, que avalia três fatores (stress financeiro, pessoal e laboral) na população europeia. Para evitar esta propensão, Catarina Lucas, psicóloga especialista em desenvolvimento pessoal, deixa quatro conselhos para um retorno à rotina sem stress:

1. Caso vá de viagem, regresse um ou dois dias antes para organizar a rotina e as tarefas domésticas antes do regresso ao trabalho – Este tempo pode servir até para “descansar” das férias que possam ter sido mais atribuladas e para não haver um choque grande da passagem direta das férias para a semana de trabalho;

2. Não tenha pressa – A readaptação deve ser feita de forma gradual, dando tempo para ajustar-se à nova rotina;

3. Programe o recebimento de e-mails apenas para um dia após o regresso – Antes de ir de férias, deixe a resposta automática ativa até ao dia seguinte ao de regresso de férias. Assim, o seu primeiro dia será mais tranquilo e poderá tratar dos assuntos mais urgentes primeiro. Desta forma, será menos perturbado nesse dia com novos assuntos e poderá mais tranquilamente dar resposta aos assuntos mais recentes;

4. Chegue mais cedo – Para iniciar o primeiro dia de volta com calma, chegue um pouco mais cedo ao trabalho.

“As férias ajudam-nos a repor energias e retomar a vida normal pode ser bastante desafiador. O essencial é que as pessoas se lembrem de que é natural haver alguma irritação, cansaço e alterações de humor nesta fase, daí ser tão importante adotar estratégias para minimizar sentimentos mais negativos”, sublinha Catarina Lucas.